tag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post4984770440077414765..comments2023-01-25T10:38:12.220+01:00Comments on bocas do norte: Grécia, um amigo porreiraçoCarmo da Rosahttp://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-50362295790459743582015-07-25T15:25:26.061+02:002015-07-25T15:25:26.061+02:00Bem pior do que dizer asneiras, é dizer sempre bem...Bem pior do que dizer asneiras, é dizer sempre bem dos povos! Deve ser terrivelmente fastidioso, deve ser uma tremenda chatice passar uma vida inteira sem poder contar uma anedota sobre belgas, ciganos ou alentejanos, porque os camaradas não acham bem... <br /><br />Há dados quantificados para todos os gostos e cada um (eu incluído) escolhe a seu gosto - chama-se a isso 'cherry picking' ideológico. Mas pior do que ser taxista, é ser capaz de transformar com dados quantificados ditaduras miseráveis em paraísos sociais, e, ao mesmo tempo, encontrar ainda todo o tipo de defeitos em países onde grosso modo toda a gente vive decentemente. <br /><br />Creio que depois de 30 anos a viver na Holanda, ainda não percebeste como a democracia funciona realmente! Neste país toda a gente tem o direito democrático de votar no Wilders ou no Dijsselbloem. A escolha é pessoal e não é preciso dar satisfações a ninguém. Mas como a liberdade individual e democrática pelos vistos te perturba, pensas que o povo ainda não está à altura de acarretar com tamanha responsabilidade, podias nesse caso dar umas dicas e dizer em que partido é que se deve realmente votar. <br /><br />Se a organização 'criminosa' FMI e os 'terroristas' da UE estão de acordo em aliviar a dívida grega, FAN-TÁS-TI-C0. Porque à excepção do esquerdista radical, que vive à custa de pobreza, ninguém, nem mesmo o Juncker, está interessado em ver pessoas a passar fome no seio da Europa. Já chega o terceiro-mundo que nos entra pela casa adentro juntamente com a quinta-coluna de jihadistas.<br /><br />Segundo dados quantificados de fontes bem informadas (NRC, blog Geenstijl e telejornal holandês), a economia espanhola cresceu entretanto 3%. Ora, este dado foi quantificado: 1+1+1=3. (A única coisa que disse sobre Espanha até agora, as outras asneiras é da tua inteira responsabilidade.Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-79662911137409770802015-07-25T15:17:16.522+02:002015-07-25T15:17:16.522+02:00É preciso ter em conta que a Troika se trata de 3 ...É preciso ter em conta que a Troika se trata de 3 organizações com tarefas e responsabilidades diferentes. Mas ok, antipatia é possível, mas trata-se de um sentimento muito vago que se encontra em todo o espectro ideológico - Farage, RM, Marine Le Pen, Syriza, Wilders, Podemos, Aurora Dourada (neo-nazis gregos), SP, PCP, PNR, Bloco de Esquerda etc etc. - tal e qual como a antipatia contra os EUA e Israel...<br /><br />Demonstrar sofrimento pelo povo grego não custa nada, é de graça, cada um demonstra a quantidade que achar mais conveniente para o momento. Já a corrupção dos banqueiros custa dinheiro ao contribuinte, mas é igual à dos árbitros de futebol ou dos choferes de táxi, resolve-se e vira milho. É um facto que por enquanto não podemos passar sem bancos, colocar o nosso dinheiro debaixo do colchão é actualmente, com tantos 'lichtegetinten' à nossa volta, bem mais perigoso. Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-11431059070511460852015-07-23T15:03:13.020+02:002015-07-23T15:03:13.020+02:00"nunca na vida…"
Dei mais uma volta ao a...<i>"nunca na vida…"</i><br />Dei mais uma volta ao assunto. Farage/RM. Para além da antipatia pela troika e da compaixão e simpatia que os dois demonstram pelo sofrimento do povo grego. Hospitais e farmácias sem medicamentos, do direito dos gregos à autonomia, da corrupção dos banqueiros que refugaram a estatística, da teimosia da troika e finalmente da impossibilidade dos gregos pagarem a divida. Tudo muito bem arejado com um bonito leque de dados estatísticos. É essa a <b>semelhança</b> do diagnostico.<br /><br />Não é que eu duvide dos factos, da estatística, ou da excelência das ferramentas, usadas nas ciências sociais, mas nada me leva a crer, que os factos não estão sujeitos a interpretação ou que a estatística seja obra de inspiração divina.<br />Go_dothttps://www.blogger.com/profile/17226071655239819290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-71110928567738846402015-07-23T11:54:06.411+02:002015-07-23T11:54:06.411+02:00Nunca me ouviste falar bem ou mal dos países (ou d...Nunca me ouviste falar bem ou mal dos países (ou dos povos) em si, como é óbvio. Eu falao de modelos económicos e apresento-te dados quantificados. Tu falas em estereótipos: a conversa do taxista: Os muçulmanos são isto e aquilo (Isção), os ciganos são isto e aquilo (Sarkozy), os romenos ~soa isto e aquilo (deve ser por serem ciganos), os gregos já no século XIX eram feios, porcos e maus e...cerja em cima do bolo: votas Wilders, um xenófobo racista. Vê lá se não defendes ideias fascistas? <br />Ainsa sobre a dívida: como era esperado, o FMi, o BCE e a UE, estão de acordo em aliviar a dívida grega. É tão simples como isto e não vale a pena disfarçar. Os programas de austeridade implementados pelas Troikas FALHARAM todos: as populações ficaram todas mais pobres, o desemprego aumentosu, as falèncias também e as condições sociais deterioram-se em todos os países intervencionados. A Espanha (informa-te e não digas disparates!), não foi intervencionada, apenas recebeu um empréstimo de 100.000 milhões para salvar (cá está) a banca (Caja). A Espanha te, actulamente, a maior taxa de desemprego de toda a zona Euro. Responde com factos e estatísticas e não te limites a papaguear opiniões de colunistas. Só para tua informação, aonda ontem saíu mais um número: a dívida pública portuguesa, que era de 97% do PIB em 2011, está actualmente em 130% do PIB. Ou seja, a dívida aumentou mais de 35%. Somos parvos, ou quê? Informa-te, pá e não digas asneiras.rui motanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-23631302213044353022015-07-23T05:06:26.581+02:002015-07-23T05:06:26.581+02:00Rui Mota,
É claro que o actual governo grego NUNC...Rui Mota,<br /><br />É claro que o actual governo grego NUNCA disse que não queria pagar a dívida! Pois não, só disse que atiraria para o cesto dos papéis os memorandos de Bruxelas com as condições de pagamento. E durante estes intercâmbios Tsipras atirou à cara dos alemães a dívida da Guerra e designou o FMI como sendo uma organização criminosa! O Varoufakis comparou a UE com terrorismo - que simpáticos! E também, contra todas as regras da UE, o governo grego não queria autorizar funcionários de Bruxelas (isto foi há bem pouco tempo) a verificar os dados do Instituto Nacional de Estatística da Grécia (ELSTAT). <br /><br />Mas se eles nunca poderão pagar a dívida, como tu dizes, o que é que aconteceu entretanto para o governo grego poder pagar? O Putin prometeu alguma coisa que a gente não sabe? Pensam finalmente explorar o petróleo que segundo parece têm na costa? Querem apenas impor as suas condições? Querem dinheiro emprestado sem juros? <br /><br />Para investir na economia, como tu dizes, é preciso pelo menos (tentar) modificar o sistema económico, de outra forma é deitar dinheiro fora. Mas há gregos (de pequenas e médias empresas) que já perceberam isso e já iniciaram a sua actividade económica com algum sucesso - mas não são a maioria, são os maus do costume que votaram no NAI (sim).<br /><br />A Grécia não melhorou nos últimos 5 anos! Pois eu leio por aqui que a economia grega nunca esteve boa - há dias até apareceu no NRC uma referência a um livro de viagens do século XIX de um francês que relatava muito espantado a forma como os gregos roubavam o Estado. <br /><br />Em Portugal a esquerda diz que a economia está muito mal (culpa da austeridade neo-liberal, claro, de quem havia de ser!), mas a direita diz que vai melhor e Bruxelas confirma! Em quem acreditar? Em Espanha idem dito, só que apresentam melhores números que Portugal.<br /><br />Eu percebo muito bem a história do cavalo, só não percebo a lógica! Mais uma vez, qual é o interesse de matar o cavalo, ou os cavalos? A metáfora só faz sentido, e nesse caso posso concordar, se houver uma razão estratégica. A única razão que mencionas é que os países do Norte enriquecem com a crise! Mas se os países do Norte não conseguirem exportar os seus produtos, porque os países à volta não têm poder de compra, temos a história do cavalo vista de outra perspectiva, mais realista.<br /><br />Toda a gente conhece as dificuldades que o Euro cria em países com economias diferentes. Mas quando a UE foi criada e o Euro introduzido, os idealistas, os políticos carismáticos, os visionários como tu gostas e que acreditavam piamente que com o tempo as economias acabariam por se fundir, ganharam. Os cautelosos, que queriam mais tempo para pensar, os merceeiros da primeira hora que na altura já duvidavam da capacidade da economia grega - e mesmo italiana - perderam. <br /><br />Anos mais tarde, quando se começou a topar que afinal a União Europeia com o seu Euro não é um mar de rosas, os cautelosos já se atreviam a medo a duvidar publicamente. Seguidamente apareceram no Norte da Europa partidos, especialistas e intelectuais claramente contra o projecto UE - apoiados nos argumentos que tu citas e mais outros que tu nunca abordas, porque não gostas. No início eram vistos como os maluquinhos da aldeia, como populistas, ver mesmo fáxistas. Quem poderia ter algo contra uma UE sem fronteiras, contra o Euro, contra solidariedade? Agora os amantes da Europa e do Euro tentam adaptar o discurso à complicada situação actual duma forma que mais parece uma fuga prá frente... <br /><br />Eu respondo realmente com estereótipos sobre os corruptos gregos, porque o nível de corrupção é real (está classificada) e é um entrave a qualquer tipo de melhoria do bem-estar e qualidade de vida dos próprios gregos, seja quem for o partido. Ao contrário dos estereótipos do costume que tu usas em relação aos países do Norte da Europa, onde as pessoas vivem decentemente mas têm a infelicidade de não ter um sistema político que te agrade.<br /> <br />Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-86434904401256067062015-07-22T13:07:51.241+02:002015-07-22T13:07:51.241+02:00Quase me esquecia do Mexico!
O “pior” tem a ver q...Quase me esquecia do Mexico! <br />O <i>“pior” </i>tem a ver que o caminho a descer é sempre mais fácil que a subir.<br />Go_dothttps://www.blogger.com/profile/17226071655239819290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-55945527792603757942015-07-22T12:58:11.425+02:002015-07-22T12:58:11.425+02:00É verdade que provérbios ou uma boa metáfora poupa...É verdade que provérbios ou uma boa metáfora poupa toneladas de explicações, mas não clarifica coisa nenhuma, para quem não está de acordo ou não percebe a metáfora. Neste tópico, só me resta agradecer a extensão e generosidade das vossas contribuições. Pela parte que me toca, o vosso precisar de diversos pontos de vista ajuda-me a tornar este assunto menos vago. <br /><br />Quanto ao paralelo do RM com o Farrage. Não é só o que ele escreve. É também o que eu leio no que está escrito.<br />Estou sem tempo. Começaram as férias e a minha mulher, começa também a ficar preocupada com o tempo que eu passo atrás do computador.<br />Mais logo vou ver o filme pela terceira vez, a ver se encontro a passagem que me sugeriu a semelhança.<br /><br />Tem razão, a falta de parágrafos dificulta bastante a leitura, referia-me às duas primeiras frases.Go_dothttps://www.blogger.com/profile/17226071655239819290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-50607096849262632932015-07-22T12:51:04.664+02:002015-07-22T12:51:04.664+02:00O actual governo grego, nunca declarou que não que...O actual governo grego, nunca declarou que não queria pagar a dívida. De resto, as dívidas são para pagar. Esta sempre foi a posição do Syriza que, inclusivé, apresentou um plano de reformas aos credores, logo nas primeiras reuniões em Bruxelas. Esse plano implicava novas maturidades (prazos), juros mais baixos e possibilidade de canalizar o saldo primário (diferença entre as receitas e as despesas, com excepção da dívida) na economia real (salários, pensões, apoios sociais, etc.). Ou seja, deixar de utilizar o saldo primário no pagamento da dívida, que era o que estava a acontecer, pois os credores queriam que esse excesso fosse para eles. Ora, dessa forma, não há investimento na economia, não são criadas empresas e empregos e não há poder de compra. Como não há poder de compra, as empresas não vendem, vão à falência e os trabalhadores vão para o desemprego...logo, as prestações sociais aumentam (subsídios de desemprego, apoios sociais, etc.) o que torna o sistema insustentável. Caso esta situação se mantenha por um período prolongado, as repercussões na economia real são negativas. Após dois trimestres de "crescimento negativo" (0% ou menos), uma economia entra em deflação e, posteriormente, em recessão, que é o que acontece na Grécia há 5 anos a esta parte, apesar dos dois "resgates" a que o país foi submetido, com a promessa que a economia ia melhorar. Não melhorou, como sabemos (de resto, em Portugal também não) e isso não é só culpa dos gregos (ou portugueses), mas dos programas de austeridade aplicados. É a história do cavalo do inglês, que tu não percebeste bem: podes diminuir a cevada ao cavalo e ele continuar a trabalhar, mas um dia este morre de fraqueza. O que os gregos disseram nas eleições de Janeiro e, posteriormente, no Referendo, foi: Não queremos mais austeridade! Não tem nada a ver com a dívida, pois esta, melhor ou pior (com ou sem reestruturação), será sempre paga, desde que "rode". Ainda ontem, a Grécia pagou 4.200 milhões ao FMI e ao BCE, com o dinheiro que recebeu na véspera (7.000 milhões destas mesmas instituições). Ou seja, pagou uma dívida e ficou com uma dívida nova. É assim que os países todos fazem! O que aconteceu na Grécia, como na maior parte dos países intervencionados, é uma combinação de diferentes factores: bolha imobiliária e lixo tóxico nos bancos da Irlanda, má gestação e crédito fácil em Portugal e endividamento permanente, de diversos governos, na Grécia. Em todos estes países houve corrupção e em todos funcionou o mesmo modelo: "endividem-se agora e paguem depois". A Alemanha, como de resto a França, etc., porque tinham economias mais fortes e criaram "superativs" (excedentes), através dos salários congelados e exportções, começaram a emprestar dinheiro aos países de economia mais fraca, para que estes pudessem modernizar-se e comprarem os produtos dos primeiros. Criaram, assim, uma dupla dependência: a nível de empréstimos e de produtos. Este modelo, até poderia ter funcionado, se os países tivessem moedas nacionais: desvalorizavam a moeda, consumiam menos (importações) e vendiam mais (exportações). Só que numa moeda única (com economias, sistemas fiscais distintos e desiguais) isso nunca pode funcionar. As economias mais fracas ficam sempre dependentes das mais fortes. Logo, a zona Euro tem de ser reestruturada (novo tratado) com o risco de implodir, pois a saída de um dos países, pode significar o ruir de todo o modelo. Este modelo funciona em países/federações como os EUA, a Russia ou a China, onde os Bancos Centrais, acorrem em caso de falência eminente de um dos estados. Os "planos de austeridade" empobreceram ainda mais uma população já de si empobrecida e, como é natural, não podia resultar. É este o problema de fundo, mas tudo respondes sempre com estereótipos (os gregos isto e aquilo, são mandriões, são corruptos e só querem enganar os gajos "sérios" do Norte). Quando os países do Norte são os únicos que estão a ganhar com esta crise, devido aos juros que aplicam. <br /> rui motanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-8475920493696821782015-07-22T02:47:04.449+02:002015-07-22T02:47:04.449+02:00Correcção no quarto parágrafro segunda alínea: &qu...Correcção no quarto parágrafro segunda alínea: "..... isso chega-me para NÃO sentir vontade de o insultar."Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-40487482524208226052015-07-22T02:44:07.274+02:002015-07-22T02:44:07.274+02:00Go_dot,
Precisamente, a terceira via grega é isso...Go_dot,<br /><br />Precisamente, a terceira via grega é isso mesmo: "o que é teu é nosso, o que é meu é meu." E por enquanto o mais lógico também parece-me ser cada um mija com a sua. Bem tento, mas não consigo ver bons argumentos a favor da UE. Na quinta-feira vem cá a casa comer um adepto da UE, vou puxar por ele a ver se me consegue fornecer alguns argumentos.<br /><br />Se o preocupa que fiquemos pior (igual já não é suficiente?) que o México, diga apenas isso mesmo, se não quem fica preocupado sou eu, a minha mulher e centenas de pessoas que o lêem e não conhecem o país.<br /><br />"As elites eurófilas criaram um monstro burocrático e recusam-se a reconhecer a paternidade do bicho." Sim, é verdade, mas ainda hoje li três argumentos que reconhecem isso mesmo e um a favor do 'bicho': sobre a protecção de um projecto de combate à corrupção na Roménia, onde os funcionários já teriam desaparecido se não fosse a pressão de Bruxelas.<br /><br />Pois eu continuo a achar o Dijsselbloem, apesar de ingénuo, competente e honesto. Um tipo a quem compraria um carro em segunda-mão sem controlar, isso chega-me para sentir vontade de o insultar.<br /><br />Os diagnósticos do Rui Mota nunca na vida me lembraram o Nigel Farage, até porque também não creio que o RM se sinta muito atraído pelos discursos do Nigel Farage - talvez 5%.<br /><br />Achei assaz estanha esta sua frase numa resposta ao RM: " Apesar de discordar completamente com o primeiro paragrafo."<br /><br />Mas qual parágrafo? Ele não faz parágrafos quando escreve!!!Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-30330290865784933112015-07-22T02:34:58.902+02:002015-07-22T02:34:58.902+02:00Correção na quinta alínea do último parágrafo: &qu...Correção na quinta alínea do último parágrafo: "abandonar a UE e VOLTAR à moeda nacional;"Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-14636303482993483292015-07-22T02:28:42.799+02:002015-07-22T02:28:42.799+02:00Rui Mota,
Primeiro, gostaria que evitasses os ins...Rui Mota,<br /><br />Primeiro, gostaria que evitasses os insultos pessoais, que é para evitar fazer o mesmo num momento de má-disposição criando um ambiente desagradável.<br /><br />Eu nunca disse (E COMO PODERIA DIZER?) que a Grécia vai pagar ou pode pagar a dívida! Toda a gente sabe que os Gregos, na situação actual, NÃO PODEM PAGAR. Nisto está toda a gente entretanto de acordo, as opiniões separam-se só na maneira como resolver O problema (partindo do princípio que existe UM problema!): <br /><br />Aparentemente o mais fácil, dizem alguns, é simplesmente perdoar tudo e começar de novo. Mas isto contém três riscos: <br /><br />A. os gregos continuam a fazer o que faziam e a economia do país continua muito na mesma, totalmente dependente da boa-vontade de Bruxelas e de intervenções do FMI.<br /><br />B. perdoar a dívida à Grécia pode criar despendiosos precedentes e um compreensível mal-estar em relação a outros países, que fazem das 'tsipras' coração para pagar a dívida. <br /> <br />C. a boa-vontade de Bruxelas (mesmo com todas as maldades e truques financeiros que lhe atribuis) é cada vez mais difícil de vender ao contribuinte do norte Europa, que apoia cada vez mais os partidos que são contra o projecto UE e que querem voltar à moeda nacional. <br /><br />Outros acreditam que com injecções de capital do BCE e com a ajuda do FMI a Grécia vai poder activar a sua economia, pagar a dívida e tornar-se um país 'normal', da Europa (de preferência do norte). Mas como o sucesso da operação está inteiramente dependente do comportamento dos gregos, as opiniões dos credores variam também na quantidade de ajuda (carcanhol), prazo de devolução, medidas mais adequadas e até que ponto os gregos vão suportar a austeridade que lhes é imposta.<br /><br />Os partidos do norte da Europa que não são a favor da UE (há diferentes graduações), podem ser maus e fáxistas, mas (ELES) acham que os gregos não vão modificar a curto prazo o seu entranhado comportamento (modelo económico) e as injecções de capital do BCE não vão alterar a ponta de um corno, é dinheiro deitado fora. (E o comportamento - não me refiro ao modelo económico - do Syriza nos últimos 6 meses ajuda ao sucesso eleitotal destes partidos...)<br /><br />Assim como no norte da Europa, também no sul existem partidos do contra: contra a União Europeia. Mas neste caso, as opiniões para a resolução do problema, divergem de tal maneira que não há ponta por onde se lhe pegue! Só numa coisa estão de acordo: todos eles dão a culpa a Alemanha. Mas depois separam-se entre os mais consequentes, ou radicais, que querem abandonar a UE e a moeda nacional; os que são a favor da UE mas dizem que tem que ser outra, mais democrática, mais do povo; e finalmente os que querem ficar na mesma UE, receber à mesma euros de Bruxelas, mas ao mesmo tempo poder continuar a insultar os alemães para elevar o ego... Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-8857664406027151482015-07-21T15:54:30.513+02:002015-07-21T15:54:30.513+02:00Explica lá, como se eu tivesse dez anos, como é qu...Explica lá, como se eu tivesse dez anos, como é que um país com 180% de dívida pública (cerca de 400.000milhões de euros!), uma queda no PIB de 26% (uma das maiores da Europa no pós-guerra!), 25% de desempregados (a segunda maior da zona euro), 60% de desemprego jovem, emigração galopante, deteriorização da situação social, com uma economia que não cresce além de 1% e em recessão contínua há mais de 5 anos, pode pagar uma dívida pública destas? Se conseguires, és um sério candidato ao prémio Nobel. Como os verdadeiros prémio Nobel (Siglitz, Krugman, etc.) não conseguiram, vê lá se acertas, se não começo mesmo a pensar que és um idiota. rui motanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-4455713654215433002015-07-21T15:24:04.640+02:002015-07-21T15:24:04.640+02:00Estamos de acordo quanto à terceira via grega, rum...Estamos de acordo quanto à terceira via grega, rumo à prosperidade.<br />O que é teu é nosso, o que é meu é meu.<br />A mim parece-me mais lógica a via; amigos amigos, negócios à parte.<br /><br /><i>” ao lê-lo tenho por vezes a impressão que vivo no México!”</i><br />O que me preocupa é que se não nos pomos a pau, ficamos pior que o Mexico. Os mexicanos tem pelo menos uma tradição a defender. <br />As elites eurófilas criaram um monstro burocrático e recusam-se a reconhecer a paternidade do bicho. Cada vez que são confrontadas com o rebento, insistem em nivelar por baixo, fogem para a frente e metem ainda mais gente ao barulho, o que evidentemente não contribui para a solução.<br /><br /><i> “Eu acredito na sua competência, mas desconfio da sua ideologia, que me parece algo ingénua.” </i><br />Não sei se é ingénuo ou deixa de ser. As medidas a tomar dependem do objectivo a atingir. Disse o La Palice.<br />De resto foram as semelhanças do diagnóstico do RM, que me fizeram lembrar o Farage. <br />Pensei que talvez os 5 por cento abrissem uma nova via, que terá passado desapercebida.<br />Go_dothttps://www.blogger.com/profile/17226071655239819290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-13979568454259525392015-07-21T14:53:33.720+02:002015-07-21T14:53:33.720+02:00Este programa vai falhar? Uns dizem que sim e outr...Este programa vai falhar? Uns dizem que sim e outros ..... (eu estou inclinado para o sim). A economia em Espanha estava muito mal e agora está a crescer mais de 3%, o que significa que tudo é possível. <br /><br />O mal não está nos gregos? Pois não, antes de entrarem na UE era uma economia fortíssima, exportavam que era uma fervura, instituições sólidas e toda a malta pagava impostos a tempo e horas. Que dis-je? A Grécia fazia inveja à Alemanha, e alemães com inveja são um perigo. É evidente que toda a gente estava a par das performances económicas da Grécia, mas os idealistas acreditavam que era possível - com mais Europa e menos soberania - travar o andamento (overheating) da economia grega. <br /><br />Claro que a moeda para funcionar tem que ter uma fiscalidade comum (lá está, mais Europa e menos soberania). Também já foi dito, citei o Thierry Baudet, que na Holanda há mais de dois anos que não se cansa de dizer que a moeda para funcionar...<br /><br />Mas o Euro não foi escolhido por um mas por vários países, e na altura pareceu-lhes lógico escolher uma moeda parecida com a moeda do pais mais industrializado da Europa - Marco Alemão - e não com a Lira Italiana. Ou estás indignado por não terem escolhido o Escudo? <br /><br />Com a tua história do cavalo queres provar que a Alemanha (ruída de inveja) quer a morte da Grécia! Mas porque carga de água? Qual é o interesse político, económico ou estratégico por trás?Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-57898294283613396252015-07-21T14:12:26.113+02:002015-07-21T14:12:26.113+02:00Ó santa paciência, já respondi a isto: uns dizem q...Ó santa paciência, já respondi a isto: uns dizem que não e outros dizem que sim, e ainda existem opiniões intermediárias com condicionais se .... E cada um escolhe a que mais gosta, e o Wilders também tem direito de escolher uma delas. A questão central encontra-se no post e não ulteriormente numa caixa de comentários. Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-39436382351238011412015-07-21T11:29:50.016+02:002015-07-21T11:29:50.016+02:00Deixa lá o Wilders e responde à questão central: é...Deixa lá o Wilders e responde à questão central: é ou não a dívida grega (e a portuguesa por extensão) impagável? (E, se não é pagável, o que é que sugeres)? Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-91267026726421267402015-07-21T11:25:38.704+02:002015-07-21T11:25:38.704+02:00Este comentário foi removido pelo autor.Rui Motahttps://www.blogger.com/profile/07344162359302086625noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-81355808643330131052015-07-21T02:48:27.331+02:002015-07-21T02:48:27.331+02:00Mais Europa e mais controlo na estabilidade do Eur...Mais Europa e mais controlo na estabilidade do Euro significa automaticamente menos soberania. Uns não estão dispostos a aceitar e dizem, nem pensar!; outros estão dispostos a ceder um pouco de soberania para salvar o Euro; e os gregos (62% no referendo) encontraram finalmente a alternativa, a famosa terceira via: querem soberania, ou seja, a bagunça do costume e Euros.<br /><br />Não sei se a complexidade do organismo é propositadamente forçada, imagino que a complexidade é inerente ao organismo. Mesmo o bem estar de todas as partes não é possível sem uma enorme burocracia e um aparelho complexo - é como os subsídios na Holanda. Agora imaginemos ao nível da Europa e com países com uma burocracia deficiente, e com o mesmo nível de corrupção da Holanda! (Pelo menos é o que transparece dos seus comentários, ao lê-lo tenho por vezes a impressão que vivo no México!)<br /><br />Claro que o sapateiro sabe bem que medidas o podem obrigar a fechar a porta. Mas não sabe que medidas implementar para que todos os outros pequenos empresários não tenham que fechar as suas portas. Isso é o Dijsselbloem que sabe. Eu acredito na sua competência, mas desconfio da sua ideologia, que me parece algo ingénua.<br /><br />A Internet é actualmente indispensável na comunicação para garantir a liberdade de expressão - Amerikanen bedankt! - e deve-se combater todo o tipo de limitações. Só blogues com caixas de comentários totalmente livres - quem não quer, puta que o pariu, que feche a loja.<br /><br />"Voltei a ver o filme do Farage, não consegui encontrar nada que não concorde." <br /><br />Parabéns. Talvez o meu amigo Rui Mota encontre 5% de concordância. Se isso acontecer dou-lhe outra vez os parabéns... Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-63193765974471963252015-07-21T02:28:19.875+02:002015-07-21T02:28:19.875+02:00Rui Mota,
Creio que ainda não percebeste do quem ...Rui Mota,<br /><br />Creio que ainda não percebeste do quem eu gosto, porque isso nem às paredes confesso. Mas como hoje estou bem disposto abro uma pequena excepção: Falei destes políticos porque estão em relação com o tema, e escusavas de os catalogar de "demagógicos" numa tentativa de mos colar à lapela!<br /><br />O Verhofstadt veio à baila devido ao seu magistral discurso no parlamento europeu perante o Tsipras; o Farage, com o seu UkIP, é na Inglaterra o partido de protesto anti-UE por excelência e lembrei-me por causa do link colocado na caixa de comentários por Go_dot; finalmente, citei duas vezes o Wilders porque pelos vistos estás bastante de acordo com ele em relação à UE e ao Euro, só que tens vergonha de o dizer, não vá algum esquerdista colar-te o Wilders, ou coisas ainda piores, à lapela também... <br /><br />"O problema da UE, é que os políticos (...) já deixaram de ter ideais..." Pois eu creio que o problema da UE é precisamente o contrário: a eterna mania dos ideais. O que é preciso é menos ideais e mais tecnocratas: merceeiros que sabem fazer contas para evitar bancos fechados e a chatice das pessoas só poderem levantar 60 euros.<br /><br />Que "a corrupção é um mal endémico de todas as sociedades" já todos nós sabemos. Já o disse várias vezes mas tu continuas a meter todas as corrupções no mesmo saco e a não dar importância às diferenças, porque atrapalha a tua explicação ideológica. É absolutamente sério falar da corrupção na Grécia porque está na origem da situação económica actual, mas sobretudo, porque sem resolver MINIMAMENTE - não é fazer dos gregos santos, porque isso é impossível, nem os suíços - este PONTO, é como atirar dinheiro para um poço sem fundo. Se a Suíça estivesse (ou corresse o risco de ...) na mesma situação, a corrupção nos bancos suíços ou no queijo com buracos seria também abordada. E conheces muitos países sem negociatas? E sem políticos na administração de bancos ou grandes empresas? Conheces é muitos países sem grandes empresas e sem multinacionais, mas tenho a certeza que não queres lá viver...<br /><br />Li as medidas de austeridade (outros, sem ler, continuam a colocar bigodes hitlerianos à Merkel) e continuo a não achar nada de outro mundo. Não é preciso perguntar nada aos gregos, quase todas as noites eles aparecem na minha tv a falar no assunto: uns são contra e outros a favor. Uns culpam a Alemanha e outros o governo. O normal, os gregos são pessoas como os outros. Acho muito mal que me cortem na reforma. Se isso acontecer fico pior que estragado e pumbas, voto no Wilders. As reformas dos outros não é o meu problema, um raciocínio também assaz normal. <br /><br /><br />Pergunta aos teus vizinhos se as reformas dos húngaros lhes tira o sono? Mas por outro lado quero que os gregos sejam prósperos, que é para comprar produtos holandeses e assim a economia holandesa crescer e não ficar na miséria económica que tu descreves, e que certamente me obrigaria a emigrar para um paraíso social que tu nunca queres mencionar!!!<br /><br />Terminas o teu comentário em grande, com mais uma frase do Wilders: "a dívida grega (como a portuguesa, aliás!) é IMPAGÁVEL..." (Ele não costuma falar da portuguesa).Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-53727158453523113292015-07-20T19:04:05.124+02:002015-07-20T19:04:05.124+02:00Apesar de discordar completamente com o primeiro p...Apesar de discordar completamente com o primeiro paragrafo.<br />Excelente análise da situação na Europa. Obrigado.<br />Go_dothttps://www.blogger.com/profile/17226071655239819290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-24340848983590614582015-07-20T19:01:29.530+02:002015-07-20T19:01:29.530+02:00O busílis da questão mantem-se: soberania (na cart...O busílis da questão mantem-se: soberania (na carteira) sim ou não?<br />Trocando em miúdos, duvido que <b>forçar</b> exponencialmente a complexidade do organismo, contribua para o bem estar das partes, ou para a estabilidade do conjunto.<br /><br />Quanto à conversa do sapateiro com o ministro Dijsselbloem. <br />O que o sapateiro sabe muito bem, é que o aumento do btw lhe vai custar uma porrada de clientela, e os impostos sobre o cabedal, em breve o vai obrigar a fechar a sapataria.<br /><br />Com o chegada da Internet, os meios tradicionais de comunicação perderam o privilegio exclusivo de interpretar as noticias e formular opinião. <br />Mas a grelha da <i>“decência”</i> aperta-se. E não me refiro à pornografia. <br />Li recentemente que tanto na América, como na UE há propostas de lei para limitar a liberdade de expressão na internet. <br /><br />Voltei a ver o filme do Farage, não consegui encontrar nada que não concorde. <br />Eu sei que isto não é um programa de discos pedidos, mas fiquei curioso dos tais 5%.<br />Go_dothttps://www.blogger.com/profile/17226071655239819290noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-71105037311270427402015-07-20T12:42:16.360+02:002015-07-20T12:42:16.360+02:00Este programa vai FALHAR, pela simples razão que n...Este programa vai FALHAR, pela simples razão que não podes recuperar uma economia, se esta não crescer, pelo menos 2 a 3% (o PIB caíu 26% em 5 anos!!!) e a dívida não pára de aumentar (180% actualmente). Ora como o excesso primário, não ultrapassa os 0,8%, é matematicamente impossível sobrar dinheiro para a economia real, com ou sem corrupção. É um dado objectivo e isso mesmo já perceberam figuras insuspeitas como a Lagarde, o Draghi, a Merkel e o Hollande, que já começaram a falar num "alívio" das condições da dívida. O mal não está nos gregos, nos portugueses ou nos irlandeses, mas numa moeda que foi mal concebida e que só favorece as economias fortes. Logo, a moeda única, para funcionar, tem de ter um supervisor, um tribunal de contas e uma fiscalidade comum, única forma de evitar tais crises e desequilíbrios na mesma zona monetária. Enquanto não mudarem as regras (é necessário um novo Tratado, ao qual a Alemanha se opõe...) a Grécia não só nunca terá "penas" para depenar, como nunca porá ovos. É como aquela história do cavalo do inglês: o dono dava-lhe cada vez menos comida e ele continuava a trabalhar...Até ao dia em que caíu de fraqueza e morreu de fome. Acorda, pá! Rui Motahttps://www.blogger.com/profile/07344162359302086625noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-53097407669792238662015-07-20T12:31:08.151+02:002015-07-20T12:31:08.151+02:00Já percebi que gostas de tribunos de discurso fáci...Já percebi que gostas de tribunos de discurso fácil e demagógico: Farage, Wilders, Verhofstadt...O apelo do líder...Infelizmente, nenhum deles paraece ser/ter alternativa a nada, para além de um discurso xenófobo, nacionalista e proteccionista. O costume, em líderes populistas (neste caso de direita). O problema da UE, é que os políticos (nomeadamente os que estão no poder há décadas) já deixaram de ter ideais há muito (tu chamas-lhe ideologia). Foram corrompidos pelas sinecuras de Bruxelas e pelos interesses e negociatas que permitem tais funções (a promiscuidade entre a política e os negócios é total, vide Juncker, por exemplo). É natural que não queiram abdicar das mordomias, pois sabem que no fim da carreira política há sempre um lugar à sua espera num conselho da administração de um banco, ou de uma multinacional qualquer. Só não sabe, quem não quer ver. A corrupção é um mal endémico de todas as sociedades e não vale a pena estar sempre a agitar o "espantalho", pois ainda ontem a imprensa internacional noticiava que só nos bancos suiços existem 80.000 milhões de euros em contas de gregos ricos, muito ricos... Dava para pagar o 3ª resgate! Ora bem, enquanto estas coisas não forem controladas e reguladas, estamos sempre a falar de borla! Se queremos ser sérios, em vez de falar da corrupção dos gregos, falemos da falta de transparência e da supervisão/controlo destas contas em verdadeiros "off-shores" legais, como a Suiça, o Luxemburgo ou a própria Holanda. Portanto, é uma hipocrisia total falar da Grécia e deixar o Sr. Juncker fazer negociatas com as multinacionais, a quem deixava pagar taxas de juro mais baixas do que o normal no Luxemburgo. Estamos a brincar ou quê? Leste as medidas de austeridade impostas aos gregos e não as consideras nada de especial...vai lá perguntar aos gregos o que é que eles pensam disso! Não achas bem cortarem-te na reforma, mas não achas mal cortarem na reforma dos gregos! Fantástico, o teu raciocínio (desde que não toquem na minha reforma, os gregos que se fodam!). Esqueces-te que, se alguém toca nas tuas reformas, é o governo holandês e não é por causa dos gregos, mas para recapitalizar os bancos (alguns dos quais foram à falência!) e porque a economia holandesa não cresce acima de 1%, desde a crise do "sub-prime". Por isso, no início da actual legislatura o governo holandês fez cortes na odem dos 20.000 milhões de euros e iniciou um programa drástico de reformas e de austeridade, condensado no discurso do rei e na célebre máxima "Participerende Samenleving" (os cidadãos que paguem). É ver os pacotes de seguros de saúde ou os cuidados continuados e paliativos, existentes, em comparação com os que existiam. Ou, os cortes na educação e na cultura, as áreas onde sempre se corta, em tempos de "crise". Sabias que só o Deutsche Bank (Alemanha) encaixou 41mil milhões de juros da dívida soberana em 2014! Achas, então, que os países do Norte estão a pagar aos gregos? Deves estar a brincar comigo! A dívida (as dívidas) é uma "benesse" para os credores/banca/investidores que especulam nas bolsas de valor com os juros acumulados. Compram títulos de dívida/tesouro nos mercados financeiros e ficam com uma parte da dívida dos países endividados. É fácil perceber o que se passa a seguir e não é preciso ser economista. Os países perdem a autonomia financeira e ficam nas mãos dos ditos "mercados". É por isso, que a Alemanha, propõs um fundo de 50.000 milhões a ser depositado pela Grécia (!?) numa empresa controlada pelo Schauble, e.o. sediada em Berlim! Posteriormente, parece que mudaram a localização para Atenas...Como se os gregos, tivessem actualmente 50.000 milhões para depositar como garantia, num qualquer fundo! Nem vendendo o Parthenon! Resumindo e concluindo: a dívida grega (como a portuguesa, aliás!) é IMPAGÁVEL e não é obrigando/humilhando os gregos, com um 3ª programa de austeridade que eles vão resolver o problema. <br />Rui Motahttps://www.blogger.com/profile/07344162359302086625noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9182813046337893399.post-87560333291656932442015-07-20T04:26:34.384+02:002015-07-20T04:26:34.384+02:00Go_dot,
Sabotar o dialogo, desacreditar adversári...Go_dot,<br /><br />Sabotar o dialogo, desacreditar adversários, criar bodes expiatórios, classificar de fascistas a opinião dissidente e avançar prescrições socialistas como elixir para a prosperidade universal, não é vender banha da cobra, isto é ser mesmo mau como as cobras... Isto é malta que já não tem cura. Mas o Frits Abrahams é apenas um pobre colunista que escreve bem e com piada. É realmente uma pena que não seja totalmente da corda, mas se fossem todos da corda também enjoava.<br /><br />Claro que a única preocupação de Juncker e Verhofstadt é fortalecer o projecto original, mas na ideia deles essa preocupação passa pelo bem estar dos gregos, e até acredito que agem sem sarcasmo.<br /><br />Ok, a responsabilidade da crise na Grécia é colectiva, os políticos em Bruxelas cometeram um par de asneiras: deviam ter avisado os gregos, (e outros países) e os bancos europeus há mais tempo e de forma mais firme que não se brinca com dinheiro. Deviam também ter controlado mais, mas isso não é muito fácil de executar porque é sempre mal visto, é visto como um atentado à soberania.<br /><br />Se os políticos de Bruxelas, que desempenham tarefas complicadas, são competentes ou trafulhas, depende em primeiro lugar do perfil ideológico de quem os classifica. A construção de infra-estruturas desnecessárias é realmente trafulhice, mas isso dificilmente se pode imputar a Bruxelas, porque, como já disse, é visto pelos países como um atentado à soberania nacional. Para evitar esta tipo de trafulhice Bruxelas teria de ter ainda mais poderes, o que é inaceitável em certos países (Holanda por exemplo), mas mesmo com coontrolo vejo a coisa difícil: quando há muito dinheiro a ganhar, os políticos conseguem facilmente arranjar relatórios com provas tecnicas e jurídicas de que é imperativamente preciso construir uma terceira estrada Porto-Lisboa para activar a economia portuguesa.<br /><br />Verdades do Marquês de La Palisse tem o mesmo significado que a expressão holandesa "open deur".<br /><br />Com apenas bom senso um sapateiro não pode discutir em termos de igualdade com Dijsselbloem acerca de como negociar a dívida da Grécia, precisa de saber mais umas coisas.<br /><br />No norte da Europa os eurocépticos ganham terreno, graças à internet e ao facto do assunto ser cada vez menos ignorado na comunicação social.<br /><br />PS O Nigel Farage, excelente como habitualmente, mas não estou de acordo em 100%, talvez 95%.Carmo da Rosahttps://www.blogger.com/profile/16449528213674055790noreply@blogger.com