Mitos y falsedades del independentismo
10 afirmações
que apoiam a independência da Catalunha mas não correspondem à verdade! Traduzi
apenas alguns tópicos deste extenso mas excelente estudo de Xavier Vidal-Folch,
jornalista catalão do El País, e de José Ignacio Torreblanca, professor titular
do Departamento de Ciência Política. Quem quiser realmente conhecer em detalhe
este imbróglio independentista carregue no link.
1. LA GUERRA DE 1714 FUE DE
“SECESIÓN”
Não foi. Ao
morrer sem descendência directa Carlos II, O Enfeitiçado, deu origem a uma
guerra europeia pela Coroa de Espanha. Os dois mais importantes candidatos eram
Felipe V de Bourbon (neto de Luís XIV de França) e o arquiduque Carlos de
Áustria.
2. LA CONSTITUCION DE
1978 ES HOSTIL A LOS CATALANES
Andaluzes e
catalões foram os que mais apoiaram a Constituição de 1978.
Ao contrário da
França e da Itália, países muito centralizados, a Espanha implementou em 1978
uma constituição tomando como modelo a da República Federal Alemã, modelo
federalista. Assim é que o artigo 2 "reconhece e garante o direito a
autonomia das nacionalidades e regiões que a integram e solidariedade entre
todas elas".
3. LA
AUTONOMÍA HA FRACASADO
No
desenvolvimento da Constituição, o Estatuto de 1979 (e sua implantação)
estabeleceu um sistema de autogoverno sem paralelo na história de Espanha. O
uso oficial e veicular da língua catalã permitiu a sua notável recuperação;
foram feitos progressos na co-responsabilidade fiscal e na cobrança de impostos
(embora o nacionalismo tenha rejeitado o sistema de concertação no início da
democracia); foram administradas as competências básicas do Estado Social (saúde
e educação), que foram alargadas a outras (prisões, polícia).
4.
ESPAÑA ES UN ESTADO AUTORITARIO
Espanha é uma
democracia avançada com o máximo de liberdades e respeito pelos direitos
individuais e colectivos. Tal como certificam todas as instituições
internacionais de que o país faz parte.
Nem o governo da
Generalitat (parlamento catalão) nem nenhuma entidade independentista alguma
vez recorreu a estas instâncias internacionais para denunciar uma violação de
direitos, nem o Estado espanhol alguma vez foi condenado, dentro ou fora do
país, por este tipo de actos.
5. ESPAÑA
NOS ROBA
Esta mentira foi
posta em circulação em 2012 pelo governo catalão de Artur Mas, ao publicar um cálculo
segundo o qual a Catalunha contribuiria com 16.409 milhões de euros para o orçamento
comum.
(...)
Então, depois de
se tornar "verdade oficial do processo", o fervor acerca do mito dos
16.460 milhões perdidos foi aliviado no seio da área da maior cultura
económica.
6.
SOLOS SEREMOS MÁS RICOS
A tese de que os catalães sozinhos seriam mais
ricos tem muito de sonhar acordado. É certo que juntamente com Madrid, País
Vasco e as Baleares, fazem parte das comunidades espanholas mais prósperas.
7.
TENEMOS DERECHO A SEPARARNOS
É falso que, ao
contrário da lei do referendo suspendida na sua exposição de motivos, a
Catalunha tenha o "direito imprescritível e inalienável à autodeterminação"
(e, além disso, no sentido "favorável à independência") reconhecido
pelo direito internacional. É precisamente o contrário.
8. NO SALDRÍAMOS DE LA UE
Não é verdade que
uma Catalunha independente continuaria a fazer parte da União Europeia, como
afirmam os independentistas.
(...)
Por conseguinte,
se a Catalunha se tornasse um Estado independente e desejasse aderir à UE, isto
não seria automático, mas deveria candidatar-se, tal como previsto no artigo
49.º do TUE (Tratado da União Europeia) , que deverá ser validado pelos 28
Estados-membros, incluindo a Espanha, assaz complicado, ainda mais se a separação
for unilateral.
9. EL
REFERÉNDUM DEL 1-0 ES LEGAL
Falso. E o seu vice-presidente, Oriol
Junqueras, mete os pés pelas mãos ao acrescentar que o Código Penal não proíbe
votar. É engano.
Para que uma
convocatória eleitoral seja legal deve ser protegida por lei. E a Constituição
concede competência exclusiva para convocar referendos sobre questões "de
especial importância" às Cortes e ao Governo. O referendo foi convocado
unilateralmente, por decreto da Generalitat.
10.
VOTAR SIEMPRE ES DEMOCRÁTICO
Formulado desta
forma, sem nuances, o princípio é equívoco e, portanto, induz em erro. É
verdade que as consultas em forma de referendo, como um mecanismo de
"democracia directa", podem ser um bom complemento para a democracia
representativa.
Mas os referendos
também foram usados pelas piores ditaduras. Os ocupantes nazis ratificaram o
Anchluss (anexação) e dessa forma juntaram a Austria ao Terceiro Reich de Adolf
Hitler em 10 de abril de 1938. Entre outros detalhes, a urna do SIM tinha o
dobro do tamanho da do NÃO. Resultado: 99,73% a favor.
O regime de
Franco também assinou a sua Lei Orgânica do Estado em 13 de Dezembro de 1966,
sem liberdade para discordar ou existência de partidos ou qualquer direito
democrático. Resultado: 95% de votos favoráveis, que em algumas assembleias de
voto superaram os 100% de eleitores (procedimento conhecido historicamente como
'pucherazo': adição de votos guardados numa panela).
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