26 novembro 2013

Carta-aberta a dois Carlinhos



Carlos Paz entre amigos no Rotary Club de Cascais

Ao Carlos Paz (ex CEO da Groundforce), que acerca de uma entrevista dada pelo economista João César das Neves à TSF o manda à merda numa ‘carta-aberta a um mentecapto’ que foi publicada no Notícias Online. E ao Carlos A. Augusto, que aproveitou a boleia para postar aqui a tal carta-aberta do outro Carlos sem um link para a entrevista, mas com um NEM MAIS como aprovação e título.



Carlos Paz diz na sua carta “ouvi-te brevemente nos noticiários da TSF no fim-de-semana e não acreditei no que estava a ouvir. (…) disseste coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “A MAIOR PARTE dos Pensionistas estão a fingir que são Pobres!”

Carlos Paz diz que ouviu brevemente!

Talvez resida aqui o problema, porque quando se faz acusações graves deve-se ter o cuidado de ouvir atentamente e ser preciso nas citações. Mas claro, precisão nunca foi o forte da nossa elite, que se deixa facilmente levar por emoções e pressentimentos, e depois, o que fica do que poderia ser uma interessante discussão é apenas isto: peixaria, berraria e insultos…

O que eu ouvi com a devida atenção do economista João César das Neves, foi que “Há uma data de gente a falar dos pobres que não são pobres e que em nome dos pobres querem defender o seu e a fingir que são pobres.”

Ora, Carlos Paz, que não parece viver no Casal Ventoso, nem deve ser pensionista e muito menos um pensionista que alguma vez teve fome, parece corresponder ao público-alvo a que o economista se refere: dos que ficam surdos de tanto fingir de pobre… Mas é verdade que o João César das Neves  na tal entrevista disse que:

“…. A maior parte dos pensionistas não são pobres”

O que, segundo estatísticas da Pordata sobre a Caixa-Geral de Aposentações, também é verdade…

Para ser franco, isto surpreendeu-me!

Sempre pensei que os meus pais fizessem parte da grande maioria, mas não, só 20% dos pensionistas recebem uma pensão abaixo do salário-mínimo; 54% situam-se num escalão que vai de 500 a 2000 euros; outros 25% no escalão entre 2000 e 4000 euros; e só 1% recebe mais de 4000 euros. Neste escalão encontram-se certamente os advogados reformados das PPPês, políticos e os presidentes do conselho de administração de grandes empresas.

Carlos Paz:  “João, disseste mais coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: ‘Subir o salário mínimo é ESTRAGAR a vida aos Pobres!’ Estarás tu bom da cabeça, João?” [as capitais são da autoria de Carlos Paz – CdR]

Carlos Paz volta a ouvir mal

Neste caso o economista até disse pior, não falou em ESTRAGAR mas em DESTRUIR a vida dos pobres. Ora, em toda a Europa esta temática está a ser actualmente discutida entre políticos, sindicalistas e economistas nas calmas e, tal como o nosso João César das Neves, usando apenas ARGUMENTOS. Uns acham que aumentar o salário mínimo faz perder postos de trabalho: os patrões empreguam menos gente e há o problema da concorrência. Basicamente são estes os argumentos. Outros acham que a um aumento de salário se segue automaticamente um aumento do consumo, o que é bom para a economia.

Eu, que não percebo patavina de economia, para poder formar uma opinião como cidadão, gostaria de ouvir calmamente as duas versões com argumentos que toda a gente perceba – de preferência sem demagogia, berraria e insultos em cartas-abertas. Resumindo, de gente boa da cabeça…

Voltando ao tema da pobreza

Toda a gente percebe que viver em Portugal com um salário-mínimo oficial de 565,83 euros é bastante difícil, mas um economista percebe um pouco mais (ou devia). Percebe que existem na Europa onze países com um salário-mínimo mais baixo que o nosso - e todos eles são potencialmente nossos concorrentes.

Picante detalhe. A Grécia tem o salário-mínimo fixado em 683,76 euros e tem também - talvez por isso, digo eu a medo! - uma situação económica bem pior que a nossa. Mas os 117,93 euros, que representam a diferença entre Portugal e a Grécia, é grosso modo o salário-mínimo na China…

A partir de aqui acho que não é preciso ser economista para perceber que:

-   ou estala a curto prazo uma revolução salarial na China que vai multiplicar o salário-mínimo chinês por dez;
-   ou vamos trabalhar mais do que eles;
-   ou vamos ter que arranjar maneira de fabricar coisas que eles (ainda) não conseguem fazer;
-  ou fechamos as fronteiras hermeticamente.

De outra forma não vejo maneira de como manter o mesmo nível de vida na Europa, com inevitáveis repercussões sobre o salário-mínimo.

E não vai adiantar muito escrever cartas-abertas, insultar, fazer greve, rezar, cantar a Grândola, respeitar a constituição ou as directrizes do Tribunal de Contas. Os chinocas são 25% da população mundial.

Mas há pior. Os próprios chineses já começaram a sentir na pele a concorrência de países com um salário-mínimo ainda mais mínimo, como o Vietname, Cambodja, Índia, Bangladesh, e este ano foi registada na China a menor taxa de crescimento dos últimos 13 anos: 7,8%. E segundo eles 8% é o mínimo necessário para manter a taxa de desemprego sob controle. Mas se os chineses empobrecem, então é que estamos lixados: não vão ter poder de compra para importar o nosso Vinho do Porto e as lojas de chineses no nosso país vão triplicar.  



24 comentários:

  1. Sem ainda concordar ou discordar (li agora o texto por alto), deu uma boa gargalhada e pensei que sabes discordar bem, com boa argumentação.
    Um abraço.

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    1. Eh pá, estas coisas não se podem ler por alto ou OUVIR BREVEMENTE (como o Carlos Paz), se não há sempre algures um marmanjo que ouve e lê com atenção e depois dá no que dá...

      Um abraço

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    2. Claro que esta 'carta aberta' em formato de resposta à outra do Carlos Paz, merecendo uma 'degustação' bem mais demorada, remete-me desde já para uma enorme contradição daqueles que defendem que a saída de países periféricos como Portugal só se fará pela via dos salários baixos - em concorrência com a China e pior, com o Vietname, a India, o Bangladesh, o Cambodja e outros.
      Se assim fosse, a Alemanha não estaria a dar cartas na Europa e a ditar as regras dos cortes. Ou então a lógica é mesmo uma batata...

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    3. Gostaria imenso de lhe dar uma resposta, mas não percebo o seu comentário, acho-o demasiado críptico!

      Em FORMATO de reposta? Era simplesmente uma.....resposta!

      Degustação mais demorada! Dificil de tragar: o estilo ou o conteúdo?

      A saída dos países periféricos!

      Refere-se a uma saída da União Europeia? Há economistas (também portugueses) que são favoráveis e outros contra. De qualquer forma, isto deve ser debatido com argumentos e sem insultos.

      Na Holanda, onde estas coisas são pragmaticamente debatidas sem que uma pessoa corra o risco de ser apelidada de nazi, há muito boa gente que afirma que quem vai saír da Europa é a Alemanha - cansada de ouvir constantemente os mesmoa queixumes e ver o bigode do tio Adolfo colado na cara da Merkel.


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    4. Formato de resposta, mas sem o ser - porque, convenhamos meu caro, há 'bacoradas' que não são passíveis de ser respondidas.
      (Refiro-me obviamente às 'bacoradas' do JCN).

      Quando falava em 'saídas' não estava a pensar em mandar a UE às malvas. Estava a pensar apenas em 'saídas' para a crise e essas acho que nunca passarão pela 'solução' dos salários baixos nem pelo nivelamento com os países ditos do terceiro mundo. A Alemanha - mas não só - é o exemplo provado desta evidência.
      Quanto à tia Merkel equacionar a saída da UE por causa das caricaturas com bigodes do criminoso Adolfo - chamar-lhe tio seria demasiado familiar e eu não gosto de 'familiaridades' quando me refiro a gente desta ainda que morta e enterrada - a Alemanha tem na UE a plataforma para o seu crescimento e a forma de ganhar desta maneira que sentimos na carne a guerra que o Adolfo perdeu no campo de batalha. Se alguém sair não será ela…

      Concluo para encerrar este 'dossier' que João César das Neves não merece ser insultado. De facto, a sua bitola - apesar das licenciaturas, mestrados, doutoramentos e quejandos - é tão modesta que o máximo que podemos admitir é ignorar a sua cretina prosápia, favorecendo-o com o nosso silêncio.

      Em Portugal há (mesmo) muitos pobres, debatemo-nos (de facto) com um 'cisma grisalho' - o termo é do Paulinho - e segurança jurídica das leis 'já era'!

      Um dia destes, os Bancos, Seguradoras e não só, ainda adoptam o sistema - para nos 'actualizarem' as poupanças ou os contratos que celebramos com eles...

      Celestino Neves

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    5. Meu caro Celestino,

      Então, se bem compreendi, um FORMATO-DE-RESPOSTA-SEM-O-SER não é uma RESPOSTA NORMAL, é uma resposta a uma ‘bacorada’ não passível de resposta.

      Quer você dizer – talvez inconscientemente e em defesa do seu patrício que também é das Neves – que a carta-aberta do Carlos Paz não é uma resposta a João César das Neves, mas sim um FORMATO-DE-RESPOSTA-SEM-O-SER, porque, como você afirmou, o JCN apenas diz ‘bacoradas’ não passíveis de resposta…

      Resumindo, com base na sua LÓGICA-SEM-O-SER-REALMENTE, você está agora a querer dizer-me que o Carlos Paz perdeu uma excelente ocasião para estar calado!

      Nisto não estou de acordo consigo. Acho que ele fez muito bem em dizer o que lhe vai na alma. Só que devia ter usado mais tempo a caixa dos pirolitos para delinear argumentos e não se limitar a proferir insultos, bacoradas e demagogia piegas. Teve tempo de sobra para isso. Não se trata de um debate ao vivo, ele teve que escrever a carta. Mas mesmo ao vivo, convém, a pessoas com alguma formação, não imitar as peixeiras do mercado do Bulhão. Nada contra (as peixeiras), pelo contrário, mas será sempre uma má-imitação e nunca the real thing…

      Caro Celestino,

      Não queria de maneira nenhuma encerrar este dossier, mas o seus próximos parágrafos assustam-me. Já percebi que antes de esboçar uma resposta me vai custar imenso tempo a decifrar a sua muito particular lógica… Sem me querer desenfiar à má fila, note que isto se passa entre os meus habituais afazeres, respostas a outros comentários, copos e a Santa Bolinha, que neste momento não me larga da braguilha.

      Mas prometo voltar à carga o mais depressa possível, porque merece, já vi que é uma pessoa educada, que não insulta com quem discorda…

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  2. Carmo da Rosa,

    In extremis, com salário mínimo 0 não existe desemprego. É a pura da matemática analisando os limites da função. E a historia tem mostrado como é boa a ideia de pagar salários de fome.

    Mas eu percebo, as análises macro são fáceis de fazer com a barriga cheia e enquanto se acaba de beber um bom tinto (a ver se levo uma garrafinha ao Miguel ;) ).

    S.

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    1. S,

      Sem emprego não existe qualquer tipo de salário. Mas é possível trabalhar de borla, ou pela sopa, mas não é aconselhável. Aconselhável é usar a matemática (e não a ideologia) para saber precisamente onde nos pagam melhor, onde temos mais regalias e protecção social.

      E realmente, a história recente tem mostrado quem paga salários de fome e ainda por cima têm a puta da lata de dizer que não são precisos sindicatos, porque nos paraísos socialistas os trabalhadores são os donos dos meios de produção. Se não fosse trágico, dava para rir…

      As análises macro-económicas têm precisamente de ser feitas calmamente, ponderadamente, friamente, e isso só é possível com a barriga cheia. Já diz o ditado:

      Em casa onde falta o pão, todos ralham e ninguém tem razão.

      Precisamente o que acontece actualmente no nosso jardim à beira-mar plantado.

      ” a ver se levo uma garrafinha ao Miguel”

      A ver não, leva mesmo, porque, como diz outro ditado da nossa terra (não sei o que tenho hoje com os ditados, a cada frase aparece um!):

      Em casa onde todos pagam o vinho não sai caro.

      Sexta às sete em minha casa, ok?

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  3. Bloguisses26/11/13, 10:40

    Olá Zé,

    Há mais um ingrediente para apipentar este cozinhado: a Alemanha não tem salário mínimo.

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    1. Bloguisses,

      Precisamente, não falei na coisa para não tornar o texto ainda mais longo. Mas é um excelente exemplo. Na poderosa Alemanha discute-se calmamente, friamente e sem insultos a introdução de um salário-mínimo oficial de 8,50 euros/hora, o que não existia.

      A CSU da Baviera é contra, mas a Merkel (CDU) já disse que não se opõe, caso a medida não origine perda de postos de trabalho. O SPD, diz que não, que é o contrário, com a oficialização do salário-mínimo vai haver trabalho a dar c’um pau. Porreiro

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  4. Permite-me apontar-te que o salário mínimo nacional no continente são 485 € por mês.(http://www.apcmc.pt/legislacao/2013/salario_minimo_2013.html). Uma fartura tendo em conta os preços da água, luz, gás, renda da casa, comida, saúde e outros bens de primeira necessidade a preços de primeiro mundo...
    Sim, muitos pensionistas não têm a casa aquecida no inverno e enrolam cobertores para se aquecerem e não aviam logo os medicamentos, que entretanto se acabaram, porque não há dinheiro. Andam com as mesmas placas postiças há muitos anos nas gengivas mirradas, porque também não há dinheiro para finalmente mandar fazer uma que não esteja solta e os aleije. Etc. Mesmo recebendo o grosso entre entre 500 e 2000 € mensais, creio que a maioria desses 54% se fica pouco acima desses 500, uma fartura!

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    1. Alfacinha,

      Estamos aqui para aprender e apontar coisas uns aos outros. Fui conferir ao site da Pordata e lá dizem que o salário-mínimo nacional é de 565,80 euros.

      (A quantia que eu mencionei no artigo e que retirei do jornal Holandês NRC é quase igual. E foi aí também que vi todos os salários-mínimos praticados na Europa.)

      É evidente que não é uma fartura, nem o dobro seria uma fartura, e em muitos casos é mesmo trágico. Mas um economista tem o direito, eu diria o dever, sem ser insultado, de colocar a questão: será que a economia (leia-se as empresas) portuguesa pode pagar muito mais?

      Mas na situação em que o país se encontra, moralmente, os nossos governantes não podem cortar nas pensões e nos salários da maioria e ao mesmo tempo aumentar (ou não tocar!) as suas benesses, ou desperdiçar dinheiro do Estado (que é dos contribuintes) em obras de prestígio sem mais-valia económica – só para encher o cu de empreiteiros e advogados amigalhaços, por exemplo….

      Estou a par das desgraças que enumeras, mas a culpa não é MINHA, é mais NOSSA.

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    2. Bloguisses26/11/13, 22:39

      O salário mínimo em Portugal é 565,83 e não 485 euros.

      A confusão é que os tugas gostam que lhes tomem conta do dinheiro. Por isso, em vez de receberem 12 salários por ano, recebem 14. Anda, carneiro!

      565,83 = 485 × 14 ÷ 12

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    3. É evidente que os salários em Portugal são em alguns casos pequenos,mas sempre um engano.Os 14 meses de salário mais a ajuda para almoço,acaba por ser um salário maior que o que apregoam.Esta anomalia é muito mais grave nos salários altos.E assim se engana o menino e papa-lhe o pão.

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  5. E tenho mais a dizer. Não sou de teorias conspirativas, mas há muito que tenho a impressão que querem fazer de nós ( e do Sul) a China da Europa. A nossa competividade não passa por aí. O que observo, como tu disseste muito bem, é que os salários chineses também estão a subir, o que encarece os produtos chineses e leva a que as multinacionais procurem trabalhadores que trabalhem por um salário ainda mais barato. Acrescenta a isto o custo e a incerteza dos preços dos combustíveis, a fraca formação teçnica e profissional, a má qualidade dos produtos em geral e logo vês como apesar de tudo é mais atraente para as multinacionais terem uma 'China' aqui ao pé da porta. Os call-centers por exemplo, já estão a sair da ïndia e a vir por exemplo para a Irlanda. E qualquer dia são as fábricas "sweat shops' a virem para espanha e Portugal. Esse é o verdadeiro objectivo de quererem baixar os salários mínimos. Tudo a bem das multinacionais.

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    1. Alfacinha,

      Quem é que quer fazer de nós a China da Europa? E por onde passa a nossa competitividade?

      Creio que ainda vai durar uns aninhos para que a China consiga alinhar o seu salário-mínimo com o da Europa (mesmo com a do Sul). Mas é preciso perceber que os chineses também são gente, e também querem comer bem, ir de férias e andar de cu tremido – tal como a gente. E já têm mais milionários que os americanos.

      Mas por enquanto ainda têm uma enorme fonte de mão-de-obra barata na China profunda, que já estão gradualmente a substituir por África. A questão é de saber até quando é que os chineses vão suportar viver em casas não aquecidas, enrolados em cobertores no inverno (chinês, que é bem mais duro que o nosso). Sem medicamentos (modernos e ocidentais), porque isso é para a elite das grandes metrópoles. Placas postiças? Já estou como os Monty Python, the chinese can only dream about placas postiças….

      E agora, tenho imensa pena mas vou-me preparar para ver a Santa Bolinha (Ajax-Barcelona), que é o que se leva desta vida – mais uns copos de tinto, mas nacional…

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    2. Bloguisses26/11/13, 22:46

      A Coreia do Sul demorou o quê? 40 anos? Depois da guerra a seguir à guerra eram bem mais pobres que os Chineses de hoje.

      Se calhar não tens idade para morreres de velho antes que a China ultrapasse o Sul da Europa em salário médio.

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  6. Está excelente...vou copiar integralmente.

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    1. Excelente é o vídeo dos Monty Python e ninguém faz referência a coisa, sobretudo sabendo (alguns) que eles vão voltar a actuar em breve.

      Também o Notícias Online publicou aqui a minha carta na íntegra. Estes esquerdistas começam devagarinho a liberalizar-se. No tempo do PREC eu (e certamente o JCN) ia parar ao Campo Pequeno que era uma fervura.

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  7. Excelente resposta. A demagogia combate-se desta maneira, com inteligência e a razoabilidade. Parabéns!

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  8. "Picante detalhe. A Grécia tem o salário-mínimo fixado em 683,76 euros e tem também - talvez por isso, digo eu a medo! - uma situação económica bem pior que a nossa."

    Basta esta frase, para ver que não percebe RIGOROSAMENTE NADA de economia. Achar que a Grécia está na situação em que está, porque tem um salário mínimo um bocado superior ao nosso, não é de ignorante. É de estúpido mesmo.

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  9. muito atrasado, mando-o dar uma volta ao bilhar grande

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