12 janeiro 2014

Anti-semitismo en Vitesse….


Cartonista Spits. VITESSE: CLUBE SEM ESPINHA DORSAL.


Imaginem que o Benfica organiza um torneio de futebol e convida o Feijenoord, mas, um dia antes da chegada a Lisboa do clube de Roterdão, as autoridades portuguesas proíbem a entrada a um jogador deste clube alegando que é negro….



O Feijenoord acha muito chato mas como o Benfica paga bastante bem, deixa o jogador em casa e faz de conta que nada aconteceu…

Chocante, não acham? Sobretudo à luz dos constantes apelos das vedetas do futebol nas campanhas contra o racismo.

Mas foi precisamente o que aconteceu há dias com o VITESSE, clube holandês de futebol da primeira divisão. Convidado para um torneio em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, as autoridades locais negaram a entrada no país ao defesa do clube de Arnhem Dan Mori, por este ser……. judeu!!!

Bart Schut, o único jornalista de esquerda (mas da corda) do blogue DDS, entra a pé juntos (única atitude possível) com esta adivinha:

Qual é a diferença entre o clube de futebol Vitesse e o Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores? Ele próprio dá a resposta: “Os Nazis tinham sempre os estádios cheios…”

E diz mais umas coisas giras:

O que mais me chocou não foi a acção dos Emirados Árabes, porque anti-semitismo no Médio Oriente é tão normal que já deixou de ser notícia. Nem tão pouco a reacção do clube, que perante o sucedido imediatamente adoptou o velho adágio holandês: melhor cobarde vivo do que herói morto.

O que me chocou realmente (apesar de que eu já ter idade para saber como é) foi a total indiferença dos profissionais do combate ao racismo. Para estes ‘race hustlers’ o anti-semitismo deixou de ser racismo, só se levantam da cama se houver discriminação de negros ou de muçulmanos. Os judeus que se amanhem.

Isto acontece precisamente num momento é que se verifica um espectacular retorno do ódio ao judeu. Infelizmente, isto deve-se sobretudo ao aumento do número de muçulmanos no nosso país, mas quem lembra este facto tem um problema. Tive esta experiência quando no ano passado escrevi no Volkskrant sobre o fundamental e enraizado anti-semitismo entre jovens muçulmanos na Bélgica (e por tabela também na Holanda). Imediatamente surgiram os ataques pessoais: Contra mim (como crítico do Islão não teria direito à palavra) e contra o estudo onde o meu artigo se baseava (apesar das conclusões serem repetidamente apoiadas cientificamente).

Conclusão: o anti-semitismo deixou de ser racismo em certos círculos. Nos círculos onde as pessoas se assumem voluntariamente como “progressistas”, de “esquerda” ou até mesmo “antifascistas”. Nem isto já surpreende o leitor mais atento. Os “kanker Joden” (cabrões de judeus) no Twitter é mato. No YouTube, os nossos jovens marroquinos explicam amiúde porque razão gostariam tanto de “picar” (esfaquear) judeus, sem que os usual suspects esbocem a mínima crítica contra os prevaricadores, mas a seguir não se cansam de atacar o Wilders por causa dos seus contactos com o anti-semita Front National.

O Wilders e a Marine Le Pen são brancos, por isso pode-se malhar à vontade, mas quando o morenaço e velhaco clérigo Haitam al-Haddad vem à Holanda despejar o seu ódio ao judeu, as brigadas do politicamente correcto calam-se que nem uns ratos. Os caçadores de racismo há muito que já não estão preocupados com a vítima, apenas que a cor da pele ou a religião encaixe no seu discurso político.  

2 comentários:

  1. 'Imaginem que o Benfica organiza um torneio de futebol e convida o Feijenoord, mas, um dia antes da chegada a Lisboa do clube de Roterdão, as autoridades portuguesas proíbem a entrada a um jogador deste clube alegando que é negro….'

    E se fosse assim, e Feijenoord ia na mesma, e o jogo foi transmitido na televisao... Vais ver o jogo?

    H

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  2. O Feijenoord IA na mesma.... O jogo FOI transmitido...... VAIS ver o jogo?

    Há aqui qualquer coisa que me escapa - jogo!

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