24 janeiro 2014

Krav Maga - combate [em que é suposto haver] contacto!





Todas as artes marciais estão agarradas a tradições seculares e isso faz com que tecnicamente tenham alguns inconvenientes, sobretudo quando são usadas puramente como técnica de defesa pessoal.






Veja-se por exemplo o Aikido, muito elegante mas ensina o praticante sobretudo a desviar-se de potenciais atacantes. E para uma actividade que exige movimentação rápida, o praticante é incompreensivelmente obrigado a vestir uma longa e pesadíssima saia - faz parte da tradição! No Judo, outra arte marcial oriental, é necessário agarrar o atacante pela roupa para o poder arremessar. O assaltante que se apresentar nu vai colocar sérios problemas ao judoca. Dispam-se, é uma dica que eu dou de borla aos assaltantes quando confrontados com judocas (sem kimono facilmente reconhecíveis pelas orelhas machucadas). O Karaté é bastante prático para quem tem uma lareira e precisa de partir lenha, mas é demasiado estático, carecendo do dinamismo necessário para defesa pessoal.

Tudo isto só para dizer que todas as artes marciais têm prós e contras quando se trata de defesa pessoal - menos uma. Krav Maga, a mais recente:  Inventada durante a segunda Grande Guerra por um judeu húngaro, foi expressamente concebida para defesa pessoal, reunindo o melhor de todas as outras. Actualmente é parte integrante da preparação do exército israelita, que bem precisa, tendo em conta o tipo de vizinhança que o país tem.

Pois eu tive a minha primeira (e única) lição de Krav Maga na terça-feira passada. O ginásio está situado numa deprimente zona da cidade, do género ninguém-quer-lá-ser-encontrado-morto, como costumam dizer os holandeses. O mal iluminado parque de estacionamento era a pagantes, e não era pouco. Humm! Começamos mal… Mas dentro, o enorme complexo era moderno e confortável, com todo o tipo de actividades: escalada; matrecos; karaté; spinning; squash; dança, eu sei lá....

Pelo telefone tinham-me dito que a minha aula começava às 20:15 mas para estar presente às 20 horas, levar comigo sapatilhas, uma t-shirt branca e que o treinador se chamava Stefan. Na recepção, uma rapariga simpática e afável indica-me um corredor por onde devia seguir até ao fim, depois virar à direita para seguidamente virar à esquerda, onde por fim encontraria a sala de Krav Maga no Estúdio 1….

Depois de percorrer variadíssimos desportos, encontrei finalmente a sala de Krav Maga por volta das 20 horas. Como a aula anterior estava em pleno funcionamento, esperei à porta pelo fim, espreitando de vez em quando pelas janelas. A aula acabou às 20:15 em ponto. Os alunos saíram e logo a seguir entraram os seguintes já equipados que, sem perda de tempo, se puseram a correr aos pinotes dando murros num imaginário inimigo. Perplexo, entrei a medo e perguntei quem era o Stefan. Stefan: aproximadamente 35 anos, baixo de estatura mas com a mesma largura que altura. Tinha a cabeça enfiada nos ombros sem passagem intermediária pelo pescoço, que nele era praticamente inexistente. Dos ombros brotavam braços que poderiam perfeitamente ser pernas. Cumprimentou-me e indicou-me onde se encontrava o vestiário. No fundo de outro corredor! Mais tarde, vestido com uma t-shirt branca e sapatilhas, voltei à sala onde os outros alunos continuavam aos pinotes e murros no ar à volta do Stefan que berrava e batia palmas marcando a cadência.

Como ninguém me dava instruções, pus-me também aos pinotes, mas recusei-me a dar murros no ar. Era uma inconsciente forma de protesto para atrair a atenção do treinador, para que este se decida dizer-me o que fazer…. Mais tarde ouve-se mais um berro do Stefan e a multidão, como por milagre, acalmou e formaram-se grupos de duas pessoas. A mim tocou-me um jovem que me abordou em inglês com sotaque que me parecia vagamente espanhol… Perguntei-lhe a nacionalidade mas afinal era grego. Perguntou-me se era holandês e eu respondi-lhe que era português, acrescentando que ambos fazíamos parte dos PIGS (Portugal, Italy, Greece, Spain). Uma desastrada forma de criar alguma cumplicidade com o grego, porque, pela cara que fez, dei-me conta que não conhecia o termo e que o entendeu de forma literal… Mas não havia tempo para explicações, ele segurava uma almofada onde era suposto eu dar pontapés, murros e joelhadas durante cinco minutos sem parar. Depois trocava-mos de funções. Eu segurava a almofada e era a vez de ele dar pontapés e murros. Fazia-o com tal fanatismo que perdia amiúde a coordenação dos membros e, em vez da almofada, quase me atingia. A certa altura disse-lhe: "be careful man, I'm not Turkish". O grego não percebeu que o meu receio era em parte humor e (mais uma vez) uma desajeitada forma para quebrar o gelo. Com cara de criança melindrada disse-me que "nada tinha contra turcos, isso era coisa de militares”!!!

Entre as sessões de pontapés e murros que me pareciam intermináveis, de cinco em cinco minutos o treinador berrava para a gente parar. Mas não se podia usar a paragem para descansar! Esta era imediatamente seguida por flexões (push-ups) e depois de outro berro do Stefan, há que dar outra vez pontapés e murros na almofada, ou pior ainda, segurá-la, correndo neste caso o risco de levar um pontapé (do grego) ao lado da almofada… Por fim, extenuado, aproveitava a ‘pausa’ dos push-ups para me deitar inerte e descansar um bocadinho. Nesses momentos vinha-me à mente as palavras de uma amiga portuguesa que uns dias antes tinha tido também a sua primeira aula de Krav Maga: “vou-te dizer, Krav Maga não é para "pussies"… Os meus cada vez mais longos repousos não melhoravam o contacto com o impaciente e impetuoso grego. No fim, além de extremamente cansado, doíam-me os pulsos de dar murros no raio da almofada! Pensei cá com os meus botões, mas afinal eu já dei murros em pessoas e nunca me doeram os pulsos! Percebi instintivamente que almofadas não são próprias para dar murros, e também percebi que para defesa pessoal um pepper-spray ou uma pistola são bem mais eficientes, mais baratos e sobretudo muito menos cansativos que aulas de Krav Maga, Aikido, Karaté ou outras chatices orientais.

No fim da secção de uma hora e meia o Stefan perguntou-me o que achava da aula. Respondi-lhe que era bastante cansativa. Stefan, agora mais condescendente e sem aquele ar de sargento dos comandos,  até esboçou um sorriso amável, disse-me que de início não era preciso eu fazer tudo, indicando-me ao mesmo tempo onde se encontravam os boletins de inscrição. Confessei-lhe que não voltaria e que depois desta experiência pensava seriamente inscrever-me em dança de salão. O Stefan, tal como o grego, não achou muita piada e desfez rapidamente o sorriso inicial…

Afinal Krav Maga também tem um inconveniente: não há muito contacto...

19 comentários:

  1. Pratico Krav Maga desde Junho de 2013 e de facto creio que independentemente da modalidade é preciso ter sorte com o local de treinos. Já pratiquei karaté, durante 10 anos, em dois locais diferentes e ao fim desse tempo estava disposta a ir simplesmente para o ginásio porque em termos de aprendizagem útil e aplicável tinha aprendido muito pouco. Dei uma última oportunidade às artes marciais com o Krav Maga e tive a sorte de encontrar pessoas com sensibilidade suficiente para não me magoarem. De facto os treinos são pesados, mas eu acho que é obrigação dos instrutores acompanharem os alunos todos e em particular os mais recentes, o que não foi o caso do professor que mencionou no texto. Dentro de uma mesma modalidade existem escolas boas e menos boas, é uma questão de sorte. Eu tive a sorte de encontrar um local em que os instrutores dividem a aula por alunos iniciados e avançados, pessoas com gosto no que ensinam. Infelizmente hoje em dia as artes marciais são sobretudo um negócio e muitas vezes aqueles que sabem da matéria (quando sabem) não pretendem transmitir o que realmente sabem na integra. Quando assim é, concordo que o melhor é ir para danças de salão ou algo semelhante.

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    1. Hmm, dizes que praticaste Karaté durante 10 anos e aprendeste muito pouco de útil? Alguma coisa deve te ter escapado.
      Já ando há mais de 20 anos em Karaté e garanto te que já me foi muito útil. E pratico.

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  2. Estimada Dina, Krav Maga, não faz parte do grupo das "Artes Marciais".

    Sim, pode haver treinos com contacto ou não. Do ponto de vista tem de existir contacto. Na rua não vou pedir ao bandido olha aguenta ai um bocado....
    Treino duro, realidade fácil. Sempre foi uma actividade clandestina e sempre o será. Uma resposta rápida e eficaz, sempre que possível evitar o contacto em ultimo caso ( ligar à padeira de Aljubarrota, ela resolve):

    http://www.youtube.com/watch?v=0otwIVfEOW4

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  3. Olha que a dança de salão deixa-te as pernas bambas se apanhares a minha última professora. Uma velha que me dava pelo ombro (!!!) e que me dava literalmente um baile do caraças. Estou mesmo a ver-te contar os passos do chá-chá-chá.
    Eu vou se aguento as minhas aulas, entretanto já desisti de treinar duas vezes por semana e agora só faço uma.

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    1. Alfacinha,

      Vai ser difícil ver-me a contar passos: de chá-chá=chá, passo-doble, ou valsa. Gosto muito de ver dançar mas - como dizia o professor de música do Einstein ao cientista: "ó homem, você não sabe contar até quatro!" - não sei contar até quatro...

      Para tu falares em TREINAR em relação a aulas de dança! O raio da velha deve ser de pelo na venta - isso deve ser mais judo, não?

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  4. Dina,

    Meus parabéns, acertou em cheio. A partir de um longo texto conseguiu extrair o essencial.

    “a sorte de encontrar pessoas com sensibilidade suficiente para não me magoarem.”

    Eu gostaria de poder dizer a coisa da mesma forma, mas espero que compreenda, como macho latino sou obrigado a exprimir-me de de outra maneira, digo: ‘… com a sensibilidade suficiente para terem um pouco de cuidado com novatos’.

    ”…é obrigação dos instrutores acompanharem os alunos todos e em particular os mais recentes…”

    Nem mais. E nesse caso até melhorariam a parte financeira, o negócio a que você se refere.

    ” Quando assim é, concordo que o melhor é ir para danças de salão ou algo semelhante.”

    A dança foi uma tentativa de humor. Como actividade isso seria para mim ainda mais desastroso, e nesse caso independentemente das escolas ou instrutores. Creio que me vou limitar ao meu squash. Não há nada que dê mais prazer do que jogos de bola. Talvez xadrez ou snooker.

    Posso perguntar-lhe onde pratica Krav Maga, em Portugal ou na Holanda?

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    1. Obrigado José! :) Eu pratico em Gaia, em Coimbrões. Portanto em Portugal. Eu percebi a brincadeira das danças de salão. Infelizmente também não faria melhor figura hehe. Correr ou andar de bicicleta também são boas actividades para conviver ou até mesmo para fazer sozinho. O importante é fazer algo que se goste. Desportos de bola são sempre uma boa ideia. :)

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  5. Estás errado Zé, no que diz respeito ao Aikido. Eu pratico aikido a cerca de 6 meses e, o Aikido, é uma Arte marcial de ataque, utilizamos a força do atacante para devolver em contra contra ataque. Por isso aqueles senhores que vestem saias pesadas (achas tu) terminam sempre a movimento com um ataque. O Aikido não tem ataque no inicio dos seus movimento mas tem ataques na sua defesa. Usamos a força do adversário para atacar.
    Em relação ao hakama (Calças largas e não saia) é apenas uma forma de destrinçam de quem é graduado ou não. Será com tu em criança no bairro do Cedro vestias calções durante todo o ano e em adulto vestes calças porque tens um estatuto a manter de homem que quer ser respeitado.

    De resto gostei e concordo com a tua experiencia.
    Desfio te a fazer um ou duas aulas de Aikido, e a relatar a tua experiência no teu blog, em que, nao precisas de estar preparado fisicamente para o fazer, nem precisa de haver contacto agressivo. Mas sim contacto para imobilizações.

    Abrc
    Rui

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    1. Ó Rui,

      Não estou errado nem certo, não se trata de um ensaio sobre Aikido. Aikido está aqui como palha, é só para encher, ou seja, não é o essencial. Nem sequer Krav Maga é importante. O importante foi dito pela Dina Barbosa no primeiro comentário…

      Importante, eu diria interessante, é apenas tentar descrever a experiência o melhor possível – o que me durou mais tempo que duas lições de Krav Maga. Mas não tive que me deslocar, não fiquei a suar e não foi preciso tomar banho…

      Mas tu não podes gostar da MINHA experiência, porque simplesmente não é a TUA. Podemos realmente gostar de uma certa experiência, mas só depois de ela ter acontecido e só quando é nossa. Precisamente na mesma situação eu poderia ter tido um experiência completamente diferente:

      Em vez do grego chato e sensaborão, encontrava no Krav Maga por acaso a minha vizinha do sétimo-andar, que me convidaria (podemos sempre sonhar!) para beber uns copos em casa dela depois da aula. Sem entrar em detalhes digo-te que GOSTEI da experiência. Logicamente tu apenas podes dizer que gostaste (ou não) do meu RELATO da experiência. Mas a experiência em si é toda minha.

      Outra experiência: A rapariga da recepção do teu Aikidói é aleijadinha de boa e está encantada com a tua nova bicla gearless toda XPTO, mas sobretudo com o teu novo look. Depois da aula de Aikido, que parece nunca mais acabar, e sem sequer retirar a saia (peço desculpa, hakama) nem tomar banho, ofereceste para levar a rapariga a casa de bicicleta. Umas horas mais tarde telefonas para casa a dizer que estás quase a chegar, mas que me encontraste no ginásio e que eu te desencaminhei para ir beber uns canecos à Baixa…

      Como poderia eu gostar desta experiência se eu nem sabia onde tu estavas?

      Grande abraço
      P.S. Continuas sem receber os LPês ?

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  6. Ó makunbeiro,

    Se o Krav Maga não faz parte das artes marciais, faz parte de quê? Seu makunbeiro :-)
    De qualquer forma, o que não é certamente, tendo em conta a quantidade de publicidade que se encontra na net, é uma actividade CLANDESTINA. Mas é realmente mais eficaz do que todas as outras artes marciais em termos de defesa pessoal, porque foi feita para isso.

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    1. Ainda não foi incluído no decreto-lei que lista as artes marciais por ser recente. Em 2015 havia uma petição para levar o KM para votação na AR mas não sei se foi consumado. Agora vos digo, ainda bem que não é considerado arte-marcial pois se o fosse, em 2010 eu tinha sido detido por uma situação de trânsito em que me levaram a responder a provocação e parti para cima, não fui detido porque precisamente o KM não era arte marcial e dessa forma safei-me na fase de inquérito da PSP. A quem defende as artes marciais em relação ao KM só saliento....o KM não tem regras como as artes marciais e essa é a grande vantagem. Alguma malta do Kung Fu aqui da She Si tem andamento para KM mas são poucos....aparecia de tudo nas open sessions, aikido, tae, boxeurs e por aí fora e era velos tombar perante os praticantes até mais verdinhos do KM.

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  7. Uma arte marcial pode ser ramificada ou não para uma vertente de "Desporto de combate". Certo?

    No caso do Krav Maga não se pode aplicar a vertente de desporto de combate.(Não é de todo uma Arte Marcial). Foi criada e desenvolvida de forma simples e eficaz.

    No desporto existem regras, e pontos e um vencedor no final."taekwondo".

    No caso do Krav Maga resume-se apenas a defesa pessoal. Ou seja vale tudo para salvar a minha pele.

    Elevação....Positivo meu.... ;)

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    1. Makunbeiro,

      tens toda a razão, e além disso usaste uma argumentação clara e sólida. Estou admirado, ou melhor,

      elevação, fudido pá…

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  8. Obrigado pela correcção senhor makunbeiro, tem toda a razão. Pelo que me explicaram, o Krav Maga é considerado um sistema de defesa pessoal que se baseia em elementos específicos retirados de um conjunto de artes marciais. Portanto acho que é mesmo para salvar a pele. Espero vir a sentir-me capaz de o fazer no futuro :)

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  9. Estimada Dina fugir não é vergonha, mas sim uma opção táctica.
    Em treino tudo parece fácil e teatral agora na vida real podemos
    ser suspendidos a qualquer hora em qualquer lugar.

    Isto é apenas uma ferramenta que deve ser utilizada. Na verdade não existem heróis, vida só temos uma. Bens materiais voltam de um modo ou de outro. Quanto à vida se acaba cá em baixo, começa outra lá em cima, pelo menos para alguns ;)
    Espero que não tenha de ultilizar isto no futuro, Mas se tiver de utilizar já sabe acerte nos "tomates" ;) já era

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  10. @ Makunbeiro: "… na vida real podemos ser SURPREENDIDOS a qualquer hora e em qualquer lugar."
    

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  11. "O Karaté é bastante prático para quem tem uma lareira e precisa de partir lenha, mas é demasiado estático, carecendo do dinamismo necessário para defesa pessoal."
    Jura? Pratico Karaté há mais de 20 anos e nunca andei a partir lenha. A não ser que chames de lenha a cara de um palerma que me tentou assaltar. E quanto a essa história do dinamismo e etc, que tal treinares Karate a sério (e posso indicar-te dois estilos muito eficazes) e depois vens nos falar de dinamismos e se é pratico ou não...

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    1. Ó pá,

      fiz copy paste da minha resposta ao Rui Costa de há seis dias, apenas substituí Aikido por Karaté...

      (…) não se trata de um ensaio sobre Karaté. Karaté está aqui como palha, é só para encher, ou seja, não é o essencial. Nem sequer Krav Maga é importante. O importante foi dito pela Dina Barbosa no primeiro comentário….

      Volto a repetir, o essencial foi relatar a pincelada da aula de Krav Maga…

      Eu andei em Karaté em Campanhã (Porto) há muitos anos, quando vivia em Portugal. Na altura o instrutor era o Mário Águas (7º Dan) que agora, vi na net, é o presidente da Federação Portuguesa de Karate Shotokan..

      Não me digas que nunca partiste lenha (tábuas)? Por exemplo com um ma gueri, ou yoko gueri, ou até mesmo com o cotovelo mas já não sei como se chama! E depois leva-se as tabuínhas para casa para acender a lareira… Porque em Karate nada se cria, nada se perde, tudo se transforma …… em pedaços mais pequenos!!!

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  12. "Porque em Karate nada se cria, nada se perde, tudo se transforma …… em pedaços mais pequenos!!!"
    LOL!

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