A Europa é actualmente um dos grandes temas da
política internacional, e tenho cá uma fezada, e nisto não sou certamente o
único, que nos encontramos num momento decisivo do nosso futuro (europeu). Por
isso, como tema, nada de melhor para começar um blogue.
Uma velha anedota que não perdeu actualidade
sobre a forma como os diferentes países europeus encaram as suas diferenças
culturais, reza assim:
NO CÉU os mecânicos são alemães, os franceses
cozinheiros, os amantes italianos, os políticos são suíços e os polícias
britânicos (os famosos bobbies).
NO INFERNO, são os franceses que nos reparam
os carros, a polícia é alemã, os ingleses ocupam-se da restauração, a política
foi usurpada pelos italianos e para fazer amor temos que nos socorrer dos
suíços.
Uns defendem a União Europeia, mas já sem o
entusiasmo inicial, mas outros há que exigem uma federação. E ainda temos os
que comparam a União Europeia à ex-União Soviética – não são forçosamente
militantes de partidos comunistas…
Exemplos:
O ex-comissário europeu Frits Bolkestein
(1999-2004), responsável pelo Mercado Interno, Fiscalidade e União Aduaneira,
dizia há pouco num longo artigo do Volkskrant que:
“Se a Europa continuar pelo mesmo caminho temo
que não tenha futuro. A causa profunda é Europa a mais. Como se sabe, tudo o
que é demais é erro. O Parlamento Europeu vive numa fantasia federal. Quer
meter ‘mais Europa’ em tudo. Por vezes é necessário, mas na maior dos casos não
é. Ainda por cima a população europeia é cada vez mais céptica em relação à
União Europeia. O Parlamento Europeu tem legitimidade, porque foi escolhido por
via legal. Mas não é representativo, porque há muito que não exprime a opinião
da população. Esta é que é a falha democrática: burocratas não-eleitos com
muito poder, mas não podem ser controlados pelos cidadãos europeus, além disso
o Parlamento Europeu não reflecte as suas aspirações. A meia-dúzia de
parlamentários euro-críticos – eles acham que são euro-realistas – são vistos como
os maluquinhos da aldeia.”
O especialista em coisas europeias do jornal
holandês NRC, Derk-Jan Epping, escreve a 20 de Novembro: “Em 2008 era a favor
de Barack Obama, mas agora acho a sua política económica medíocre. Quer fazer
dos EUA um Estado Providência do tipo europeu, no momento em que os nossos
Estados Providência se afundam em crise permanente. A Europa não ganha nada com
uma América que repete os erros europeus.”
Jacques Delors, presidente da Comissão
Europeia entre 1985 e 1995, afirma na mesma data e no mesmo jornal: “Eu sei
como as pessoas sofrem nos países do sul, mas têm que ter a consciência que a
culpa é dos erros dos seus líderes políticos e não do Euro. (…) Talvez eu seja
demasiado pessimista, mas creio que eles não vão superar a crise. (…) As
diferenças entre os países são muito grandes.”
Carmo, só agora cheguei a casa, nada li, se esta mensagem lês! é porque funciona. Amanhã falaremos.
ResponderEliminarLeio perfeitamente. A coisa funciona.
ResponderEliminarOlha Zé mesmo aqui no Chorózinho (Uma das cidade do Ceará, Brasil), consegui ver e ler perfeitamente o teu novo blog... sinal de que funciona na perfeição! Abraço. Carlos
ResponderEliminarOnde tu andas! Outra vez a dar milhinhos no Brasil, é? O que vale é que ninguém percebe. Vou já ver no Google maps onde é que isso fica.
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