Fez no domingo passado dez
anos que o cineasta e publicista Theo van Gogh foi assassinado em Amesterdão
por um jovem muçulmano. Este acontecimento trágico foi lembrado no local
do crime, mas também nos jornais e televisão em artigos e entrevistas.
A conclusão
imediata que submerge de toda esta informação, é que passados 10 anos, e apesar
de todo o tipo de medidas, não há maneira do islamismo se querer incorporar
no tão pretendido multiculturalismo. Há mesmo quem diga que a situação piorou. É
um facto que Mohammed Bouyeri, o assassino de Van Gogh, tem hoje mais adeptos
do que nunca, basta notar que na Holanda (tal como nos países vizinhos) o
jihadismo cresceu de tal forma que já ultrapassa o uso doméstico e serve para
exportação (Síria, Iraque, Afeganistão, Caxemira).
Mas ninguém pense
que nos últimos dez anos o governo holandês nada fez. Os programas de
integração, a formação de unidades para combater a radicalização de jovens
muçulmanos e os cursos de multiculturalismo multiplicaram-se e, como de
costume, deram muito papel a ganhar a muita gente e custaram muito dinheiro ao contribuinte.
Sobre os
resultados, dizia há pouco Ahmed Marcouch - membro do parlamento pelo Partido
Trabalhista e de origem marroquina, mas ao contrário dos seus colegas autóctones,
não sofre de inquietações politicamente correctas – “gastou-se muito dinheiro
sem saber se na realidade obtivemos resultados palpáveis...”
NÓS, HABITANTES DE
AMESTERDÃO, era o nome de um projecto que este ano a câmara não prolongou o subsídio. O burgomestre
resumia os objectivos da seguinte forma: ‘Se há pessoas na cidade que não se sentem
cidadãos holandeses, temos que fazer com que eles se sintam “habitantes de
Amesterdão”.’ Como quem diz, já que é impossível incutir patriotismo, pelo
menos bairrismo...
No âmbito destes projectos de integração, Ahmed
Marcouch lembra uma reunião com os dirigentes das mesquitas de Amesterdão na qual
queria lembrar o caso Van Gogh. Teve primeiro que explicar quem era o
Theo van Gogh, o que dizia sobre o islão, e porque razão foi assassinado, para os imãs não confundirem o Theo com o Van Gogh do museu da cidade...
Subscrevo. Há um problema e tem de ser abordado de forma pragmática. Não pode ser só com a cenoura, o pau tem de lá estar.
ResponderEliminarGostas do Sam Harris? Tenho lido/visto coisas dele e o gajo faz muito sentido.
Precisamente Wyrm.
ResponderEliminarSó cenoura é gastar dinheiro inutilmente e, mais grave, é contraproducente, porque reforça a sensação de que o burro só pode ter razão.
Mas felizmente que eles agora, já que por cá não há pau (ler, esta malta não dá luta), vão à procura dele na Síria e no Iraque... Vá lá a gente perceber esta gente?
Mas também não compreendo porque razão o governo holandês gasta tanta energia a perseguir e a prender os ‘promotores’ de viagens jihadísticas para o Estado Islâmico! Além de ilegal – toda a gente tem o direito de viajar para onde quer – é, mais uma vez, contraproducente....
Gosto muito do Sam Harris. Está na linha do Christopher Hitchens e do Richard Dawkins, tudo malta da corda – da nossa, claro....
Mas no mesmo género (lógica de ferro) mas mais fácil e com muito mais humor (mas compreende-se, para isso é pago) temos o Jim Jefferies:
Vê só este curtíssimo vídeo, que é um resumo de uma longa conferência nos USA, no covil do leão:
https://www.youtube.com/watch?v=nf4L31TBr7w
Vivam o pau e a cenoura! neste caso específico, o pau. E ainda não compreendi porque retêm os passaportes da malta que quer ir fazer jihad até à Síria. Deixem-nos sair, impeçam-nos depois é de voltar.
ResponderEliminarVê isto:
ResponderEliminarhttp://www.nrc.nl/nieuws/2014/11/03/zo-ziet-dat-eruit-slavenhandel-door-islamitische-staat/
Alfacinha: "...ainda não compreendi porque retêm os passaportes da malta que quer ir fazer jihad até à Síria."
ResponderEliminarNem eu! Nem compreendo porque razão os angariadores de jihadistas não são ainda subsidiados pelas autoridades europeias. Porque na realidade, são as únicas pessoas na Europa que fazem algo de positivo a favor da sociedade multicultural, a favor de um melhor entendimento entre as diferentes comunidades…
Não conhecia o LINK, mas já tinha lido o excelente artigo no NRC de sábado do Leo Kwarten (no artigo que enviaste fazem referência e tem um link). Estou a pensar traduzir o tal artigo.
Já tinha ouvido falar, mas vi agora pela primeira vez a revista do Estado Islâmico - os cabrões têm profissionais ao serviço, a revista tem muito bom aspecto, um agradável lay-out e boa fotografia.
Jesus! E eu a pensar que nem juntar letras sabiam! Quando ouço os discursos dessa gente, penso sempre que os casamentos entre primos nunca dão bom resultado...
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