13 janeiro 2016

O marxismo-cultural na prática



Um caso típico do efeito provocado pelo marxismo-cultural, um tema ultimamente bastante debatido no Facebook, é a indignação selectiva que muito boa gente demonstra. Veja-se a diferença abismal entre duas notícias.



Em Maio de 2015 um adepto do Benfica acompanhado do filho leva umas bastonadas (com ou sem razão!) de um agente da PSP à saída do estádio. A indignação contra o agente da PSP foi enorme, unânime e intensa na imprensa portuguesa e na internet.

Já acerca dos atentados de Paris contra a redacção da Charlie Hebdo (17 mortos) em Janeiro do ano passado, assim como os últimos atentados (130 mortos) em Novembro do mesmo ano, notou-se uma calmaria no grau de indignação! Cheguei mesmo a ver um artigo abordando este assunto sem que a palavra "Islão" tenha sido uma única vez invocada.

Agora chegamos a Janeiro de 2016 e as violações, agressões e roubos de raparigas - em Colónia, Hamburgo, Estugarda, Bielefeld, Düsseldorf, Berlim, Helsínquia e Malmö - não suscitam muitas reacções dos indignados de Maio de 2015, nem sequer das feministas! Um acontecimento 'muito mais importante' serve-lhes agora de desculpa para não dizer uma palavra sobre este assunto: o falecimento do David Bowie! Imaginem que um pelotão da PSP tivesse violado e agredido raparigas durante a noite da passagem de ano! Imaginem a seguir os comentários a espumar indignação - esta parte é a mais fácil.

E porque razão existe esta disparidade na 'nossa' indignação?

Porque o marxismo-cultural ensinou durante muitos anos que se deve fragilizar, ver mesmo combater a autoridade, uma coisa muito má - também a autoridade dos professores nas escolas. Neste caso a Autoridade é representada por um mal-pago agente da PSP. 


Há umas horas atrás o jornalista holandês Bart Schut dizia sobre este assunto no seu mural do Facebook, fazendo uso de excelente ironia, que "umas centenas de mulheres alemãs podem nas calmas ser sacrificadas no altar do multiculturalismo religioso e do corretismo político..."

2 comentários:

  1. Isso queriam eles! O que os lixa mais ainda é que as pessoas que puseram pontos de interrogação à entrada em massa descontrolada de pessoas com um background cultural que choca com os mais elementares direitos humanos e a democracia, agora tenham acabado por ter razão em expressar essas dúvidas. E confesso, preferia não ter ficado com razão desta maneira.

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  2. "preferia não ter ficado com razão desta maneira."

    O problema é que todas as outras maneiras não funcionam, e isso há 20 anos!

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