Um caso típico do
efeito provocado pelo marxismo-cultural, um tema ultimamente bastante debatido
no Facebook, é a indignação selectiva que muito boa gente demonstra. Veja-se a
diferença abismal entre duas notícias.
Em Maio de 2015
um adepto do Benfica acompanhado do filho leva umas bastonadas (com ou sem
razão!) de um agente da PSP à saída do estádio. A indignação contra o agente da
PSP foi enorme, unânime e intensa na imprensa portuguesa e na internet.
Já acerca dos
atentados de Paris contra a redacção da Charlie Hebdo (17 mortos) em Janeiro do
ano passado, assim como os últimos atentados (130 mortos) em Novembro do mesmo
ano, notou-se uma calmaria no grau de indignação! Cheguei mesmo a ver um artigo abordando este assunto sem que a palavra "Islão" tenha sido uma única
vez invocada.
Agora chegamos a
Janeiro de 2016 e as violações, agressões e roubos de raparigas - em Colónia,
Hamburgo, Estugarda, Bielefeld, Düsseldorf, Berlim, Helsínquia e Malmö - não
suscitam muitas reacções dos indignados de Maio de 2015, nem sequer das feministas! Um acontecimento
'muito mais importante' serve-lhes agora de desculpa para não dizer uma palavra sobre
este assunto: o falecimento do David Bowie! Imaginem que um pelotão da PSP
tivesse violado e agredido raparigas durante a noite da passagem de ano!
Imaginem a seguir os comentários a espumar indignação - esta parte é a mais
fácil.
E porque razão
existe esta disparidade na 'nossa' indignação?
Porque o
marxismo-cultural ensinou durante muitos anos que se deve fragilizar, ver mesmo
combater a autoridade, uma coisa muito má - também a autoridade dos professores nas escolas. Neste caso a Autoridade é representada por um mal-pago agente da PSP.
Há umas horas
atrás o jornalista holandês Bart Schut dizia sobre este assunto no seu mural do
Facebook, fazendo uso de excelente ironia, que "umas centenas de mulheres
alemãs podem nas calmas ser sacrificadas no altar do multiculturalismo
religioso e do corretismo político..."
Isso queriam eles! O que os lixa mais ainda é que as pessoas que puseram pontos de interrogação à entrada em massa descontrolada de pessoas com um background cultural que choca com os mais elementares direitos humanos e a democracia, agora tenham acabado por ter razão em expressar essas dúvidas. E confesso, preferia não ter ficado com razão desta maneira.
ResponderEliminar"preferia não ter ficado com razão desta maneira."
ResponderEliminarO problema é que todas as outras maneiras não funcionam, e isso há 20 anos!