Cerimónia de graduação em Gaza
635 Três anos depois da morte do profeta
Maomé a faixa de Gaza é ocupada por árabes que entretanto já estão bastantes
convencidos que Alá é o maior.
No século XII a faixa volta à cristandade graças
aos cruzados, sendo de novo conquistada em 1187 por Saladino, famoso
general árabe muçulmano - há quem diga que era curdo. De qualquer forma, foi o
tal que se amanhou com Jerusalém e se tornou mais tarde sultão da Síria e do
Egipto.
1517 Os turcos, depois de terem sido
islamizados pelos árabes a partir do século XI e a quem lhes foi impingida uma
religião muito chata e cheia de proibições, ficaram muito mal humorados e
estenderam o seu império à chapada dos Balcãs até ao Norte de África passando
pelo Médio-Oriente. Gaza passa a pertencer aos turcos, assim como o resto do
Médio-Oriente e Norte de África. A governação Otomana desta parte do mundo
durou até ao fim da primeira Grande Guerra.
1917 Os turcos, cansados de tanta proibição
islâmica, deram uma contravolta nas suas convicções religiosas e por volta
desta data a crendice resumia-se a ver quem tinha mais ‘virgens’ no seu harém,
orgias (com raparigas e raparigos), jogar ao tric-trac, fumar droga e beber
raki.
Em plena decadência, o Império Otomano
desmorona-se como um castelo de cartas e os ingleses e os franceses dividem os
restos como bons ‘irmões’. Ficando os ingleses com a província Otomana da
Palestina, de que Gaza faz parte. No entanto, uma resolução das Nações Unidas
(181 de 1947) atribui mais tarde Gaza aos árabes (só aos que já viviam em
Gaza).
1949 O Egipto, país onde nasceu Yasser
Arafat, acha que não há cá palestinos nem meios palestinos! Somos todos árabes,
falamos a mesma língua, temos só uma religião e em 1949 ocupa o território e
por aí fica até 1967.
1967 Inspirados pelo Egipto, por Alá (que
como se sabe é grande), mas sobretudo pela enorme superioridade numérica, três
países árabes uniram-se – coisa que não acontece frequentemente - e decidiram
finalizar em 1967 o que os nazis iniciaram em 1940, ou seja, erradicar os israelitas
do mapa. O tiro saiu-lhes pela culatra porque quantidade não significa
qualidade. Nesta aventura bélica, que durou apenas seis dias, a Síria ficou sem
o Golan, a Jordânia sem a Cisjordânia e o Egipto ficou sem aviação, sem Gaza e
sem a península do Sinai, um território maior que Eretz Israel (Israel
bíblico).
1978 O Egipto é convencido pelos americanos –
mas sobretudo pela tareia que levou - que destruir Israel não é por enquanto
militarmente viável e assina os acordos de Camp David onde, em contrapartida, é
obrigado a reconhecer a existência do Estado Judaico. Em troca, Israel, para
ter um pouco de paz devolve-lhes o Sinai. (Um erro. Eu devolvia mas era os
tomates… atacaram, perderam, amanhem-se. Porque quem se rege por dogmas
escarrapachados num livro do século sete de proveniência duvidosa, nunca vê a
devolução de um território ganho com sangue, suor e lágrimas como um gesto de
boa vontade, mas como uma demonstração de fraqueza). Na sequência da mesma
mentalidade, os países árabes interpretaram o reconhecimento de Israel pelo
Egipto como uma traição à causa árabe (ler islâmica) e expulsaram o Egipto da
Liga dos Países Árabes.
1981 A Irmandade Muçulmana achou que o Egipto
não foi suficientemente castigado. E como Alá, apesar de muitas preces, não
havia maneira de se mexer - despejar umas pragas de gafanhotos ou um terramoto
-, a Irmandade tomou a iniciativa de assassinar o responsável pela ‘traição’, o
presidente do Egipto Anwar el Sadat. Nunca lhes passou pela cornadura que a
dita cuja ‘traição’ do Egipto deu origem à devolução do Sinai…
2005 Perante tanta fraqueza ou boa-vontade,
segundo os critérios de cada um, os palestinos dizem agora que também querem
paz com Israel em troca da faixa de Gaza, e o Ariel Sharon, que na altura devia
estar c’os copos ou sob a influência de judeus ortodoxos, o que vai dar ao
mesmo - certas seitas ortodoxas acham que Gaza não faz parte do Israel Bíblico
-, acreditou e desalojou milhares de colonos israelitas devolvendo o território
às autoridades palestinas.
2006 Mas os primeiros árabes que chegaram a
Gaza perceberam rapidamente que se forem só eles a mandar, seriam também só
eles a mamar os subsídios vindos da Europa, e não Mahmoud Abbas, o dirigente da
Fatah e presidente da Autoridade Nacional Palestina, com sede na Cisjordânia.
Resultado, como os irmãos muçulmanos não se
entendiam, as autoridades internacionais viram-se na obrigação de organizar
eleições em Gaza entre o Hamas e a Fatah. A fama de corrupção da Fatah já era mundialmente conhecida e as eleições foram facilmente ganhas pelo partido da
casa, o Hamas. Mas como esta malta tem uma ideia muito peculiar do que é democracia (acham que quem ganha eleições tem poder de vida e de morte sobre
os que perderam), o Hamas começou a executar todos os militantes da Fatah que
não conseguiram escapar a tempo para a Cisjordânia, ou para o Egipto. Para os habitantes da faixa
que duvidam das suas boas intenções, imediatamente classificados como
colaboradores de Israel, o Hamas reserva um tratamento mais giro:
colocam-lhes um pneu ao pescoço com gasolina, que é ateada com um isqueiro
americano – Zippo.
Para alegrar ainda mais o ambiente na faixa de
Gaza, o Hamas instaurou a sharia (lei islâmica) e proibiu a música, mesmo em
casamentos, por ser uma coisa muito má. Como os bailaricos foram proibidos, o
Hamas, para ocupar a juventude, mandou construir túneis para contrabando de
armas e ataques furtivos no sul de Israel. Por outro lado, estimularam bastante
o festivo lançamento de foguetes Qassam na direcção de Israel. Mas, diga-se a
verdade, têm sempre o cuidado de não o fazer durante a shabat (dia de descanso
dos judeus – o nosso sábado). Os israelitas, à excepção dos ortodoxos, são mais pragmáticos, mais brutos, gente de trabalho, nunca descansam. Talvez resida aqui o sucesso do exército israelita: a percentagem de ortodoxos é menor entre os israelitas...
O resto faz parte da história…
Estudo brilhante: eu não faria melhor!
ResponderEliminarMuito bom
ResponderEliminarBrilhante e esclarecedor.
ResponderEliminarExcelente.
ResponderEliminarPois é rapaziada, estou-vos imensamente agradecido mas assim eu não vou lá, só com a aprovação de FÁXISTAS não vou para o céu...
ResponderEliminarO que eu preciso urgentemente é da concordância de alguns santos de esquerda, mas ultimamente, e muito ao contrário de antigamente, ele acham que discutir política é uma coisa muito má. Então, precisamente como a maioria dos portugueses emigrantes no tempo da outra senhora, afirmam sem corar: 'a minha política é o trabalho' !!!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarDesculpa, enganei-me na caixa.
ResponderEliminarEste comentário era para o tópico dos "Passageiros do voo MH17 já estavam mortos!"
ahahah.....é o mesmo Carmo de Sempre....quer dizer, de um lado há só boa fruta, do outra, a fruta podre....isto é um só rir.
ResponderEliminarE eu que pensava que o terror e os ataques terroristas tinham uma longa hisória em Isis-Rá-El ainda muito antes de gaza ser entregue aos Arabes...lá no tal mandato Britanico....com um tal de Irgum e hagana....só fruta da boa, claro.
Eh eh eh
Saudades pah....não tou esquecido da promessa da vinhaça
A política é realmente como comprar fruta no mercado. Confrontados com a obrigação de comprar fruta, e já que temos de pagar, escolhemos a melhor...
ResponderEliminarO resto, como diz o escritor Miguel Esteves Cardoso, “é cobardia, aldrabice, desprezo e estupidez.”
A vinhaça já deve estar estragada, que o vinho americano não se pode guardar tanto tempo.