A maioria das
pessoas que acredita na existência de um 'céu', tem geralmente uma ideia
atávica de um céu paradisíaco imaginado e descrito há muitos séculos.
Do tempo
em que ainda havia uns martelos que se dedicavam a escrever livros sagrados, e
a malta acreditava que eram! Mas a melhor prova da NÃO existência de um DEUS
centralizador que criou o mundo e o universo, é a forma diferente como cada
religião descreve, à sua maneira, a partir da sua cultura e taras, o
PARAÍSO...
Só para evitar
chatices, não vá alguém voltar à terra e fazer uma descrição menos positiva do
paraíso, os autores dos livros sagrados, muito sabiamente, tiveram sempre o
cuidado de colocar o paraíso num local que só se atinge depois de morto! E esta
é imediatamente a única característica universal do paraíso.
Como não tenho a
tara das virgens, muito menos quando são logo setenta e duas de uma vez, e como
também não acho muito atraente a ideia de estar ETERNAMENTE sentado ao lado de
um velhote de barbas brancas admirando uma paisagem bucólica com leões e tigres
aos beijinhos com gazelas, criei o meu paraíso pessoal em vida e cá na terra. Para não
enjoar, ou seja, para não ser eterno como o paraíso tradicional, das religiões,
o meu paraíso só acontece de vez em quando, é preciso reunir as condições
necessárias.
As condições
necessárias são: acordar sem pressas, não ter nada que fazer nesse dia ou
problema urgente para resolver, ter pão fresco de qualidade em casa, manteiga, marmelada
de damasco da marca Fiordifrutta, café e ténis na TV. E hoje, além das
condições básicas necessárias, o meu deus conseguiu agraciar-me com uma
magistral final entre NADAL e FEDERER. E foi mais longe, porque depois de 5
fantásticos setes deixou, para não me estragar o dia, o divinal FEDERER ganhar
- ISTO SIM, É O PARAÍSO...
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