30 janeiro 2017

O CÉU




A maioria das pessoas que acredita na existência de um 'céu', tem geralmente uma ideia atávica de um céu paradisíaco imaginado e descrito há muitos séculos.

Do tempo em que ainda havia uns martelos que se dedicavam a escrever livros sagrados, e a malta acreditava que eram! Mas a melhor prova da NÃO existência de um DEUS centralizador que criou o mundo e o universo, é a forma diferente como cada religião descreve, à sua maneira, a partir da sua cultura e taras, o PARAÍSO...  

Só para evitar chatices, não vá alguém voltar à terra e fazer uma descrição menos positiva do paraíso, os autores dos livros sagrados, muito sabiamente, tiveram sempre o cuidado de colocar o paraíso num local que só se atinge depois de morto! E esta é imediatamente a única característica universal do paraíso.

Como não tenho a tara das virgens, muito menos quando são logo setenta e duas de uma vez, e como também não acho muito atraente a ideia de estar ETERNAMENTE sentado ao lado de um velhote de barbas brancas admirando uma paisagem bucólica com leões e tigres aos beijinhos com gazelas, criei o meu paraíso pessoal em vida e cá na terra. Para não enjoar, ou seja, para não ser eterno como o paraíso tradicional, das religiões, o meu paraíso só acontece de vez em quando, é preciso reunir as condições necessárias.


As condições necessárias são: acordar sem pressas, não ter nada que fazer nesse dia ou problema urgente para resolver, ter pão fresco de qualidade em casa, manteiga, marmelada de damasco da marca Fiordifrutta, café e ténis na TV. E hoje, além das condições básicas necessárias, o meu deus conseguiu agraciar-me com uma magistral final entre NADAL e FEDERER. E foi mais longe, porque depois de 5 fantásticos setes deixou, para não me estragar o dia, o divinal FEDERER ganhar - ISTO SIM, É O PARAÍSO...     

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