À excepção de estudantes esquerdistas, acho que toda a
gente devia ter o direito de se exprimir. Acho até que uma parte do estudo devia ser retirar-lhes o direito de expressão - só para eles
saberem como é. Chame-se a isto igualdade e honestidade. Mais progressista não
é possível.
Digo isto porque todas
as semanas ouvimos falar de estudantes rejeitados ou molestados num desses
locais cheios de justificada intolerância que nós ainda por
cima temos a lata de chamar Universidade. Na realidade um recente estudo
demonstra que a liberdade de expressão já não existe em cada quatro de cinco
universidades britânicas, porque os estudantes 'progressistas' são
intelectualmente demasiado delicados para serem expostos a ideias que acham
inconfortáveis ou sofrer agressões aos seus preconceitos que possam melindrar
os seus sentimentos.
Por isso eles
exigem, e obtêm, o que eles chamam "o direito a uma situação
confortável", que é o direito de ter um lugar seguro para todos os
estudantes. O que significa o direito dos seus preconceitos idiotas não serem postos
em questão, o direito de serem mimados como príncipes e princesas num casulo de
ideias progressistas que eles próprios inventaram.
Este direito a
uma situação confortável é evidentemente selectivo, e é apenas extensivo para
aqueles que tenham a mesma opinião. Todos os outros vão sofrer o desconforto de
lhes taparem a boca ou serem simplesmente banidos, ou agredidos por fanáticos
militantes 'progressistas' que pensam em slogans e cuidam que ser 'progressista' é
preferível a ser preciso ou moralmente justo, ou um comportamento que lembre de
longe uma abertura de espírito.
Por si só já é
muito grave que isto aconteça nas nossas sociedades no século XXI, mas o pior é
que isto está a acontecer nas nossas universidades, que são a vanguarda da
nossa civilização, o que torna a coisa muito mais nociva e perigosa. Neste
momento as autoridades deixam correr o barco por razões que só eles sabem! A
verdade é que não estão a fazer o trabalho para que são pagos.
Até eu sei que o
objectivo da educação é desenvolver nos estudantes uma curiosidade científica,
confrontá-los com novas ideias e fornecer-lhes informação para que aprendam a
pensar por eles. Se não o conseguem é porque não se trata de educação. Por muitos
canudos que uma pessoa tenha isto assim não passa de entulho para o cérebro. E
é o que se oferece hoje em vez de educação - não só na Grã-Bretanha, mas no
resto do mundo ocidental.
Actualmente a
Universidade é o único lugar fora da Igreja onde se encontram infalivelmente
pessoas com ideias intransigentes e insensatas - surdas para a razão e cegas
para os factos. Parecem estar hipnotizados por aquilo que seriamente acreditam:
que os direitos e a liberdade dos outros têm que ser subjugados aos seus
caprichos. O que é que isto nos diz acerca do carácter de uma pessoa em que
única forma de conforto é suprimir o direito dos outros?
Que não
aprenderam a ouvir ou a pensar, apenas a absorver propaganda 'progressista' e a
conformarem-se, e a julgar, e a censurar, e a oprimir todo aquele com quem não
estejam de acordo. Arrogantes e desinteressados, e perfeitamente convencidos
como são as pessoas verdadeiramente estúpidas. Mas suficientemente esperto para
controlar constantemente a opinião dos outros e desonesto quanto baste para
designar isto como um local seguro para todos os estudantes. Sim pá, é isso
mesmo! Excepto para aqueles com quem não estamos de acordo - não é ó beato 'progressista'?
Não há um local
seguro para os estudantes que têm opiniões que vocês não gostam, ou que são por
exemplo a favor de uma Europa democrática, ou que são a favor de Israel (sim
isso existe, seu nabo ignorante). E também não
existe um lugar seguro para estudantes que queiram ouvir outro tipo de
argumentos, outra maneira de ver as coisas. Eh pá, refiro-me a verdadeiros
estudantes, com vontade de aprender algo e de trocar ideias com outros, para
desta forma alargar os seus conhecimentos. Não há mais lugar
seguro para estes, e vocês, fanáticos e intolerantes militantes, são os
culpados.
Será que têm medo
de ouvir argumentos? Caso estejam já convencidos correm apenas o risco de ter
que mudar de opinião. Garanto-vos que não é assim tão doloroso como parece. Mas
se não estão abertos a esta possibilidade, e pelos vistos não estão, nunca
serão instruídos, apenas a mentira e uma lavagem ao cérebro é a vossa sorte,
tal e qual como uma beata na igreja.
Vocês são
demasiado estúpidos e arrogantes para se aperceberem que de cada vez que silenciam
outros estão a prejudicar-vos a vós próprios. Ao demonstrar a vossa mesquinhez
e medo, produzem um desprezo como indivíduos que vão ter que suportar a vida
inteira como uma mancha no vosso carácter. Quando crescerem, daqui por 10, 20,
30 anos, e decidirem largar esse insuportável comportamento já não serão
capazes. O crime é demasiado grande. A traição demasiado radical.
Até já podemos
enxergar quem tu és e até que ponto estás disposto a rebaixar-te. Podemos
prever a partir da tua posição protegida e privilegiada e com base na tua
tacanhez de espírito o quanto estarás disposto a arruinar a vida dos outros,
que parece não perceberes a importância, porque não te ensinaram a perceber.
Estás a minar os fundamentos da nossa sociedade, a própria essência que nos dá
a liberdade e que nos define, e que te dá a ti a liberdade para abusar dela e
para seres o intolerante e intelectual excremento que és.
Ironicamente
dizes guiar-te a partir de princípios morais, na realidade estás ao mesmo nível
moral que um criminoso de guerra e estás a causar estragos, mas não serás
perdoado. Nos postos que deveriam ser ocupados pelos líderes esclarecidos de
amanhã, estarão vocês, a desabrochar como
germes numa colheita envenenada. Vocês são a vergonha dos institutos de ensino
que vocês sujam com a vossa presença e que ocuparam com falsas premissas. E
isto é válido para quem é estudante, leitor universitário, administrador ou
professor. Quem colabora, facilita ou participa activamente na opressão da
liberdade de expressão no campus de uma universidade é um charlatão e é a
origem do problema.
Este fulano é mesmo muito bom.
ResponderEliminarPois é, de outra forma não tinha passado duas a horas a traduzi-lo...
ResponderEliminarBoa ideia! Pat Condell em português.
ResponderEliminar“Parecem estar hipnotizados...”
É verdade. A facilidade com que os antigos progressistas, incapazes de formular uma resposta adequada aos desafios sociais de hoje, colocam reticências no amor à liberdade, nos ideais de justiça e progresso porque lutaram na juventude.
A esquerda converteu-se numa seita religiosa. Não debatem ideias, combatem heréticos, e tudo que lhes confronte o descanso da herança ideológica.
A consequência, é que um debate racional de ideias deixou de ser possível. Tanto os fins a atingir, como a interpretações dos factos ou argumentos, são incompatíveis. A superstição, assim como o grande inquisidor nunca andam longe. “U bent een buitengewoon minderwaardig mens.” dizia o inesquecível Torquemada Van Dam.
A infame guerrilha semântica, a máscara da pseudo-tolerância e o desqualificar tudo e todos que não subscrevam o modelo padrão, só é possível, com o apoio de uma confortável superioridade moral.
Repare nesta. Uma madona da mitologia grego/romana, pintada no tempo do rococó, declarada indecente e retirada da sala de jantar do parlamento sueco.
STOCKHOLM, Sweden - A painting of a bare-breasted woman has been removed from the Swedish Riksdag’s guest dining room on orders from the legislature’s deputy speaker.
O melhor disto tudo é que não são necessárias Cheka’s, Psikhushkas ou Goulags tão queridos aos nossos amigos socialistas. O processo de auto-flagelo e reeducação é absolutamente voluntário.
Não sei quem cunhou a frase que no futuro o fascismo se chamaria anti-fascismo. Quem foi, acertou.
Chegamos ao futuro! Mais uma vez.
Excelente comentário.
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