Que os gregos ultimamente não variam bem da
cachimónia e dizem n’importe quoi é humanamente
compreensível tendo em conta o estado em que o país se encontra – apesar da
paciência e das enormes injecções de euros da União Europeia.
Combater a corrupção, o nepotismo, o clientelismo
e a fuga ao fisco são coisas que não fazem parte da cultura helénica recente,
além disso dá muito trabalho e vai certamente criar conflitos entre as famílias
das elites locais. Não, o mais simples é culpar terceiros pela nossa
incompetência e aproveitar o momento para pedir 162 mil milhões de euros aos
alemães por danos de guerra!!!
Tenho cá uma fezada que se a Alemanha cedesse
à chantagem, isso não iria resolver os problemas económicos dos gregos. A elite
local derreteria o carcanhol em dois anos (em carros alemães e computadores
americanos) e os gregos voltar-se-iam agora para os persas, com a mesma
conversa…
Mas isto é o problema dos gregos. O que me
espanta é haver portugueses que apadrinham euforicamente estas maluqueiras sem
pensar duas vezes, como faz aqui uma tal Catarina Falcão!!!
A Catarina Falcão nem se dá conta que está a
acordar cães que estavam a dormir, como costumam dizer os holandeses. Porque
precisamente no mesmo espírito, grego, angolanos, moçambicanos e guineenses
poderiam colocar Portugal em tribunal e pedirem o que acharem razoável pela
ocupação e transferência ilícita de trabalhadores africanos para o Brasil…
Trabalhadores que na altura nunca receberam dinheiro de férias nem décimo-terceiro mês,
mas com um bom advogado e com o apoio da União Africana não deve ser muito
difícil de reaver todo este cacau com juros. Creio que os 78 mil milhões de
ajuda a Portugal não chegariam…
Isto iria acordar os indianos e lembrar-lhes também alguns
estragos causados pelos nossos compatriotas em Goa, Damão ou Dio! Foram certamente obrigados a matar umas vacas (sagradas) para alimentar a tropa. Os Judeus ainda
não se esqueceram da Santa Inquisição (neste caso o governo português poderia
fazer um apelo ao Vaticano). Os Índios Guarani, que estavam tão tranquilos no
Brasil até lá chegar o Pedro Álvares, já têm comissões com public
relations e contactos com a imprensa internacional, onde podem
reclamar os danos causados por todo o tipo de doenças que os portugueses
introduziram no Brasil.
É verdade que Marrocos já recebeu algum pelo
resgate da nobreza portuguesa que acompanhava Dom Sebastião na conquista de
Ceuta, mas não se conhece ao certo os estragos causados pela invasão
portuguesa. Mas conhecemos a imaginação dos marroquinos quando se trata de
extorquir papel a ocidentais que eles julgam ricos…
Só me saem duques, e gregos…
Tens razao quando ao antecedente historico e a má administracao/corrupcao dos governose eleites gregas, isso de generalizar nos povos e sempre chato, e depois de todas as maneiras 1 terco dos emprestimos e para pagar juros dos mesmos e ao exterior de outros ,um terco e para os bancos alemaes ,franceses etc. e um terco vai para pagar o material belico dos alemaes ,farnceses etc.
ResponderEliminarCoitados dos gregos nao veem quase nada, nao faz mal nenhum fazer um pouco de pressao psicologica com a divida da II guerra ,e mais facil que tentar explicar que a receita de so austeridade so ajuda as elites financeiras (elites e so por mandrisse ,assim nao tenho que explicar melhor) lol
Viva o pagamento retroactivo ,era bom era se ca se fizessem ca se pagavam.
poe tu os assentos assim tens que fazer!
Abraço
A comparação faz pouco sentido. Neste caso estamos a falar de compensações que já haviam sido decididas e que pelos acordos feitos após a WWII seriam regulados aquando da reunificação alemã. A Alemanha simplesmente declarou que nada havia a pagar com o apoio dos USA. Ora leia lá este texto escrito por perigosos comunistas:
ResponderEliminarhttp://www.economist.com/blogs/freeexchange/2012/06/economic-history
@ Mazulis: “poe tu os assentos assim tens que fazer!_”
ResponderEliminarMais um grego que quer o pôr os outros a trabalhar para ele de borla! Além disso, o problema não é só os acentos…
@ Wyrm: “A comparação faz pouco sentido.”
Tens razão.
Os alemães ocuparam militarmente a Grécia durante três anos onde mataram, esfolaram e estragaram.
Os portugueses instalaram-se graciosamente em Angola durante três séculos onde embalaram, amamentaram e espalharam a palavra de Cristo (em português) entre os gentios…
@ Wyrm: ….texto escrito por perigosos comunistas:
Por falar em comunistas. Já viste o carcanhol que os países da Europa oriental podem pedir aos russos pela ocupação soviética? Quanto mais se fala neste assunto mais cães se despertam, com o barulho…
"Os portugueses instalaram-se graciosamente em Angola durante três séculos onde embalaram, amamentaram e espalharam a palavra de Cristo (em português) entre os gentios…"
ResponderEliminarCarmo da Rosa, só leu a parte que lhe convinha. Também escrevi:
"Neste caso estamos a falar de compensações que já haviam sido decididas e que pelos acordos feitos após a WWII seriam regulados aquando da reunificação alemã."
Quais foram as compensações que foi acordado pagarmos a Angola e restantes e que nós nos recusámos a pagar?
Fico sempre que o moralismo só anda num sentido. E que mais depressa se perdoam as dividas de quem provocou duas guerras mundiais (bom, ok, só uma na outra foram arrastados) e causou milhões de mortos do que quem aldrabou contas...
ResponderEliminarE na verdade os alemães continuam a dever milhões a Portugal também. Não essas dívidas que se calculam e que nunca foram abalizadas por tribunais, mas dívidas legalmente determinadas. As outras morrerão assim mesmo em qq parte do mundo. E a nós deve-nos, em moeda actual, qq coisa como 2 mil e muitos milhões de euros. E é de notar que Portugal nunca assinou o perdão de dívida à Alemanha como alguns países fizeram. Além disso os Merkels que por aí andam ao serviço da prima-dona deviam aplicar aos países devedores pelo menos as mesmas condições que concederam aos nazis: 50 anos para pagar, à medida dos trocos apurados. Até isso acabaram por deixarem cair.
ResponderEliminarTambém me espanta como se comportam como cães de guarda beatos em relação a dívidas e são todos abracinhos com um país que assassinou parte da sua pp população com requintes inimagináveis e destruiu, por duas vezes, um continente inteiro. E nem vou mais atrás, sequer. E no fim ainda levou palmadinhas nas costas e vá com deus que as continhas estão pagas.
A Alemanha continuará a ser o que sempre foi. Razão tinha a Thatcher quando lhe falaram em reunificação, até espumou. Entendiam-se bem.
ML
@ Wyrm: “Quais foram as compensações que foi acordado pagarmos a Angola”
ResponderEliminarPrecisamente, o moralismo só funciona num sentido, no sentido dos maus, que são geralmente os que têm algum sucesso.
Acordar compensações com Angola não é assim muito difícil, a base existe, agora é só preciso escolher o melhor momento político. Por isso, eu, no lugar dos nossos governantes, estaria muito caladinho no que diz respeito a compensações... (Este aviso é desnecessário, porque estas histórias mirabolantes não saem do coco dos nossos governantes, que são bem mais sensatos que os nossos jornalistas!)
Não li só a parte que me convinha, por acaso desta vez até li tudo. Também li a historieta para guarda-livros complicadíssima sobre o Plan Marshal só com muita má vontade tem a ver com este assunto.
Mas tinha-me esquecido da ocupação soviética! E tem a sua graça ter sido um empedernido socialista a lembrar-me este picante detalhe, hahahaha.
As perguntas que imediatamente me ocorrem acerca desta hipotética dívida da Guerra aos gregos são:
Porque razão os gregos não abordaram esta questão de início, quando negociaram a entrada na UE? Esqueceram-se, foi?
ou
Porque razão não colocaram a coisa nestes termos: ‘toda a ajuda que a gente receber da UE não vai ser paga mas descontada na tal dívida da Guerra’.
ou
Porque razão a Grécia não impôs a condição da sua entrada na UE em troca do pagamento pela Alemanha da dívida de guerra?
ou
Porque razão os gregos aceitaram fazer parte da União Europeia sabendo que a Alemanha (caloteira) também faria parte?
Os gregos (assim como os portugueses) enquanto foram recebendo Euros da UE a dar c’um pau para gastar como bem entenderam ninguém os ouviu - e as elites dos respectivos países, que se colocaram desde o início perto da torneira, sempre souberam como empregar o dinheiro. A seu favor. Nessa altura o Sul da Europa era uma paz de alma e toda a gente (até eu!) contentíssima com a União Europeia e ainda mais com os Euros…
Agora que chegou a altura de devolver PARTE da guita emprestada, e como de repente (apesar dos constantes avisos do incansável Prof. Henrique Medina Carreira) se deram conta – Ó CARAÇAS! - que as respectivas economias não produzem o suficiente nem para pagar os salários dos funcionários do Estado, há que colar à pressa bigodinhos de Hitler nas fotos da Angela Merkel e enfeitá-la de cruzes gamadas.
Além de injusto, esta atitude piegas denota um mau gosto confrangedor...
@ ML: "..... os alemães continuam a dever milhões a Portugal também."
ResponderEliminarSerá que também fomos ocupados pelos alemães?
E quem são os cães de guarda beatos em relação a dívidas e são todos abracinhos com um país que assassinou parte da sua pp população?
Esta dívida é muito concreta, Carmo da Rosa, e vem já da 1ª grande guerra. Não se trata de dívidas calculadas sem o aval dos tribunais. Pelo contrário.
ResponderEliminarhttp://expresso.sapo.pt/alemanha-deve-23-mil-milhoes-de-euros-a-portugal-por-indemnizacoes-da-i-guerra=f799714
Os cães de guarda beatos são esses homens do fraque que andam para aí de país em país a cobrar violentamente dívidas em nome de um outro país que afinal nunca pagou pela destruição e morte em larga escala que causou. Aí estão incluídos os Coelhos, os Gaspares e respectivos homónimos que fazem o trabalhinho local: em Espanha, Irlanda, Grécia, Chipre e quem mais se seguirá. França? Bélgica? É que depois de comerem os peixes pequenos seguem para os médios e grandes, já o Padre António Vieira sabia disto.
Não é à pressa que se cola um bigodinho na Merkel, cola-se-lhe quando ela mostra que afinal tem direito ao bigodinho. Com a Alemanha será sempre assim, a Merkel é um mero peão que passou por ali, tal como o foi o Hitler ou o Kaiser Wilhelm I. Úteis porque querem cumprir aquilo em que o Adolfo também acreditava piamente: uma tribo de guerreiros altos e louros que dominará os outros (na altura da criação do mito desconhecia-se a palavra mundo, lol!) por direito próprio.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar@ Anónimo das 16:28: “Esta dívida é muito concreta, Carmo da Rosa, e vem já da 1ª grande guerra.”
ResponderEliminarCaro anónimo das 16:28,
se a dívida é assim tão concreta como você diz, são válidas as mesmas perguntas que me ocorreram em relação à Grécia…
Essa história de primeiro entrar na jogada e moita carrasco sobre dívidas, para mais tarde vir com essa conversa de cigano para sacar 23 mil milhões de euros, lembra-me imediatamente os chóferes de táxi em Marraquexe, a quem convém perguntar três vezes (e com testemunhas) quanto custa a viagem antes de entrar no táxi…
E gostaria também de acrescentar que a história da humanidade está cheia de países que nunca pagaram um tostão pela morte e destruição que causaram – e muitos deles ainda por cima têm muito orgulho nisso e estão repletos de monumentos e estátuas para que não haja dúvidas… (Convém variar um pouco e não dar sempre a culpa aos mesmos: Alemanha, EUA e Israel…)
Quer você dizer que Victor Gaspar e Passos Coelho são agentes da Alemanha! Eu acho que o delírio também tem limites! Aproveito a oportunidade para propor ambos ao Prémio Nobel da ……. paciência.
@ Anónimo das 16:28: “….e quem mais se seguirá. França? Bélgica?”
Seguirá quem tiver que seguir, quem não soube fazer contas, ou quem não teve coragem para tomar medidas na devida altura. Há peixes pequenos neste momento em melhores condições que um peixe muito grande como a França… E em França, será que o socialista Hollande é também um agente da Alemanha?
@ Anónimo das 16:28: “…Não é à pressa que se cola um bigodinho na Merkel, cola-se-lhe quando ela mostra que afinal tem direito ao bigodinho.”
Eu compreendo que em momentos de crise (intelectual) um bigodinho à Hitler fica mais em conta do que a farta bigodaça do José Estaline, onde cabem quatro bigodinhos do Hitler, mas se é apenas esse o motivo, é pouco…. Além disso a senhora não é socialista, como os outros dois acima mencionados, por isso, não vejo razão nenhuma para bigodes e cruzes gamadas com alusões nacionais SOCIALISTAS…
E quem é que decide se ela afinal tem ou não direito a bigodinho? Os politburo’s da esquerda caviar portuguesa com sede em Cascais?
@ Anónimo das 16:28: “Com a Alemanha será sempre assim (…) uma tribo de guerreiros altos e louros que dominará os outros.”
Então afinal não é um problema económico-financeiro, trata-se de um problema mais grave: rácico. Está no ADN deles. Pronto não há nada a fazer. E enquanto a gente não souber construir BMW e Audi’s, mas gostar de os ter, santa paciência, vamos ter que os aturar mais um bocadinho…
Era eu, esqueci-me de assinar, desculpe.
ResponderEliminarBom, já dissemos o que pensamos e eu não mudei de ontem para hoje. Pelo contrário, quanto mais leio mais confirmo e tenho lido bastante porque não é mole vivermos diariamente com esta ameaça sobre a cabeça, não sabermos o que nos espera amanhã. E como eu nunca gastei mais do que podia, acho que me estão mesmo a roubar. Cada vez mais políticos e economistas com algum peso, Stieglitz, Krugman, os editorialistas económicos de jornais como o do NYTimes, etc., confirmam o que muita gente pensa e diz. E engraçado é que agora são os políticos de direita a lançar alertas. Ora se o Gaspar, que até hoje não acertou uma única previsão, não muda de rumo, é porque alguma missão ele tem.
Sim, estou perfeitamente convencida de que, como diz o Pacheco Pereira, esta gente (Coelho/Gaspar, etc) não é por incompetência que faz o que faz, veio foi para fazer exactamente isto. Aliás há dias a televisão irlandesa chamou-lhe o ministro finanças da troika. Deliram?
Não desvirtue as minhas palavras com isso do rácico porque eu fui muito clara: as características de certas pessoas são muito úteis em certos contextos. O homem certo no tempo certo. E já agora, os genes culturais, até nova ordem, não estão inscritos no ADN.
ML